Autor Tópico: Unity, início e fim  (Lida 8897 vezes)

Offline jomafras

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Unity, início e fim
« Online: 10 de Abril de 2017, 21:18 »
"O Unity estreou na versão para netbook do Ubuntu 10.10 e foi desenhado inicialmente para fazer um uso mais eficiente do espaço das telas limitadas dos netbooks, porém devido ao sucesso tornou-se a interface padrão do Ubuntu 11.04 que também incluía ainda o GNOME como opção. Diferente do GNOME, KDE, Xfce e LXDE, o Unity não incluía aplicações, já que foi feito para usar programas em GTK+ já existentes. A partir da versão 11.10 do Ubuntu, o Unity passou a ser a única interface padrão.
No dia 5 de Abril de 2017, foi anunciado que o Unity não será mais desenvolvido. A partir da versão 18.04 LTS, o Ubuntu terá como desktop padrão o GNOME."

Estava revisando o Fórum com relação ao lançamento das versões do Ubuntu (tópicos oficiais), antes do Unity e a diferença é brutal.

1- Ubuntu 9.10, Karmic Koala, 343.038 visualizações, com 1.406 resposta no tópico.
2- Ubuntu 10.04, Lucid Linx, LTS, 370.582 visualizações, com 1.233 respostas.
3- Ubuntu 12.04, Precise Pangolin, LTS, 164.872 vizualizações, 1.186 respostas.
4- Ubuntu 14.04, Trusty Tahr, LTS, 140.252 visualizações, menos de 750 respostas.
5- Ubuntu 16.04, Xenial Xerus, LTS, 48.954 visualizações, respostas (?) muito menos que os outros.

Como bem disse o agente100gelo, antigamente se discutia desde a alfa 1 até a versão final e tinha assunto pra carvalho!
É fácil observar aqui, na própria casa do Ubuntu, a sua queda vertiginosa.
Estou torcendo para uma nova ascenção!
« Última modificação: 11 de Abril de 2017, 08:35 por jomafras »
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Offline jkmsjq

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #1 Online: 10 de Abril de 2017, 21:44 »
O Unity estreou na versão para netbook do Ubuntu 10.10 e foi desenhado inicialmente para fazer um uso mais eficiente do espaço das telas limitadas dos netbooks, porém devido ao sucesso tornou-se a interface padrão do Ubuntu 11.04 que também incluía ainda o GNOME como opção. Diferente do GNOME, KDE, Xfce e LXDE, o Unity não incluía aplicações, já que foi feito para usar programas em GTK+ já existentes. A partir da versão 11.10 do Ubuntu, o Unity passou a ser a única interface padrão.
No dia 5 de Abril de 2017, foi anunciado que o Unity não será mais desenvolvido. A partir da versão 18.04 LTS, o Ubuntu terá como desktop padrão o GNOME.

Estava revisando o Fórum com relação ao lançamento das versões do Ubuntu (tópicos oficiais), antes do Unity e a diferença é brutal.

1- Ubuntu 9.10, Karmic Koala, 343.038 visualizações, com 1.406 resposta no tópico.
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Acredito que as características do GNU/Linux provocaram tal quadro: (1) a diversidade de distros; e, (2) a facilidade de uso que as distros GNU/Linux adquiriram nos últimos anos.
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Offline agente100gelo

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #2 Online: 11 de Abril de 2017, 09:17 »
Eu não culpo o Unity pela queda de acesso e interesse.

Culpo:

1) O aumento do tempo de uso de smartphones que retirou parte das atribuições do desktop.
2) A maior facilidade do Ubuntu que deixou muita coisa que era feito por gambiarra automática ou mais fácil.
3) O aumento do market share do Google Chrome que retirou várias dificuldades que tínhamos em acessar alguns sites (Netflix por exemplo).
4) A falta de novidades pra valer no Ubuntu.
5) Diminuição do engajamento dos usuários Linux que hoje mais querem que o negócio funcione do que lutar para que outras pessoas utilizem o SO.
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Offline hpiras

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #3 Online: 12 de Maio de 2017, 17:55 »
No fundo, no fundo, eu não creio que o próprio Ubuntu tenha se engajado muito no sucesso do Unity ou do própria distribuição GNU/Linux nos últimos anos. Na minha opinião, como a Canonical não é tão grande assim, eles terminaram concentrando esforços em outros negócios, que agora estão em fase de consolidação, e mantendo o desenvolvimento do Unity e outros projetos num ritmo mais lento. Se o Unity fosse um pouco mais polido, ele poderia ter se tornado um ambiente gráfico muito bom. O próprio Gnome, na minha opinião, terminou evoluindo de modo mais rápido e consistente. Mas a verdade é que não tenho por nenhum destes novos ambientes - Unity, Gnome 3, Cinnamon - nem uma fração do apego que sentia pelo Gnome 2. Aliás, apesar de ser um fork deste último, nem o MATE me agrada tanto. No final das contas, se considerarmos a relação funcionalidade/leveza, acho que hoje o velho e bom Xfce termina sendo mesmo imbatível. Se eles o portassem para o GTK3, suprimindo assim uma aura de obsolescência que recai hoje sobre o desktop, acho que ele ficaria muito bom.

Acho que a escolha do Gnome 3 por parte da Canonical tem como principal razão a lógica da parceria/terceirização. Não creio que interesse mais hoje à Canonical apostar muito recursos no desenvolvimento do ambiente gráfico. Penso que eles prefiram delegar esta tarefa a uma entidade/comunidade bem estabelecida - e a Fundação Gnome,, neste aspecto, é especialmente confiável - concentrando os esforços de sua pequena equipe em outros aspectos do sistema. O desenvolvimento do Xfce demandaria mais recursos por parte da Canonical e o KDE, penso eu, tem o problema de ter como base o Qt, que não é tão universal como o GTK. Então, o que sobra para a Canonical é o Gnome 3, mesmo que este não gere o mesmo entusiasmo que o Gnome 2.


Offline jomafras

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #4 Online: 12 de Maio de 2017, 20:53 »
Alguém tem dúvida?
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Offline rjbgbo

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #5 Online: 12 de Maio de 2017, 22:31 »
hpiras, com esse 'fim' do unity. resolvi testar o ubuntu mate 16.04lts. achei o aspecto dele meio grosso e bruto se comparado ao antigo gnome2 no ubuntu. perdi espaços da área de trabalho. a personalização dele retornava ao estado anterior. achei i gerenciador de arquivo caja muito poluído. não reconheceu de cara meu scanner e para completar não alinhou a tela de login no meu desktop - algo que a tempos não via no ubuntu.
então resolvi instalar no desktop o xubuntu 16.04lts. reconheceu tudo. uso o xubuntu a 1 ano no notebook. é como você falou sobre a personalização, etc...
enfim, vou ficar até o lançamento com os dois computadores usando o xubuntu e ir acompanhando as notícias. lá eu vejo que vou fazer. se fico direto no xubuntu ou volto para o ubuntu.
li que já no xubuntu 17.04 eles já estão migrando para o gtk3.
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Offline hpiras

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #6 Online: 15 de Maio de 2017, 00:22 »
A Distrowatch publicou hoje uma nota muito esclarecedora sobre as recentes mudanças do Ubuntu. Esclarecedora mesmo. Segundo a nota, Mark Shuttleworth teria manifestado recentemente interesse em concentrar os esforços da Canonical nas tecnologias de nuvem e nos servidores, áreas mais rentáveis, já que é seu propósito converter a companhia numa sociedade de capital aberto. Desse modo, como ele pretende a partir de agora preparar a Canonical para um IPO, não faz sentido continuar investindo pessoal e dinheiro no Unity e outros projetos para o Desktop, que estavam drenando os recursos da empresa sem produzir ganhos relevantes para o faturamento. Segundo a nota, Mark Shuttleworth teria garantido que o Ubuntu nunca irá morrer, já que ele seria a plataforma padrão em computação em nuvem para alguns dos projetos da Canonical, como Juju, MaaS e OpenStack. De qualquer modo, ele conclui dizendo que era preciso "cortar aquelas áreas que não podiam satisfazer as necessidades dos investidores" e que o  "trabalho imediato é fazer com que todas as áreas da empresa sejam rentáveis".

Offline hpiras

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #7 Online: 15 de Maio de 2017, 00:34 »
Se a tendência revelada por esta nota da Distrowatch se confirmar, a escolha do Gnome 3 passa mais do nunca a fazer sentido. Como eu disse antes, para uma empresa que precisa concentrar-se em setores rentáveis, é perfeitamente lógico associar-se a outras entidades ou comunidades a fim de compor todas as partes do sistema, concentrando o seu próprio pessoal e recursos naquelas que são essenciais ao desenvolvimento de seus próprios produtos. Como o Gnome 3 é o ambiente padrão das maiores distros GNU/Linux e a Fundação GNOME parece sólida, utilizar este ambiente faz todo o sentido para a empresa.

Imagino que a empresa procure também reforçar a cooperação com a comunidade, já que esta será essencial para a preservação do prestígio da distribuição, pois, ao que tudo indica, o pessoal da Canonical deve terminar se concentrando na base do sistema, que interessa mais aos servidores.

De qualquer modo, uma sociedade de capital aberto dificilmente manterá em relação a uma distribuição LInux a uma conduta semelhante ao do empresário individual apaixonado por tecnologia, como é o caso do Sr. Shuttleworth. Acho que teremos que nos preparar para um futuro mais incerto em relação a nossa distro preferida.

Offline hpiras

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Re:Unity, início e fim
« Resposta #8 Online: 15 de Maio de 2017, 00:51 »
rjbgbo, concordo que o Xfce seja muito bom, mas o fato é que estou determinado a ficar com o GNOME 3 por enquanto e dar uma chance a nova fase do Ubuntu. O Ubuntu fez tanto por mim nestes ultimos anos em termos de estabilidade e conforto (odeio usar o Windows, aliás, cada vez mais!) que estou decidido a dar uma nova chance para ele. Então, vou tentar usar o GNOME 3 pelo menos até as primeiras edições do novo Ubuntu para ver se vale a pena. Se não valer, só então vou me permitir desertar para o Xubuntu ou outra distro que use o Xfce.

Sou daqueles que acredita que a história do Linux pode ser escrita em termos de AU e DU (Antes e Depois do Ubuntu), então acho que ele mereça um pouco da nossa paciência. O Xubuntu, é claro, pertence a grande família, mas acho que nós ajudamos mais o Ubuntu quando usamos a distro principal, que é o cartão de visitas da Canonical. E acho que o Ubuntu merece recuperar a posição que já ocupou antes mundo Linux.  Mas, confesso, que é duro acostumar-se com o GNOME 3: na sua versão padrão, sem muitos ajustes na configuração, ele me parece tão pouco prático. Ficaria feliz se o GNOME 3 do Ubuntu 18.04 fosse menos ortodoxo do que aquele do Ubuntu GNOME, mas sou cético a respeito do assunto. Pelo visto, a Canonical não deverá desperdiçar muitas energias com sua distro de agora em diante.