Nunca pensei que um tópico sobre o tema do Vista fosse render discussões com argumentos ponderados a favor do uso ou não do querido sistema do Pingüim. E já que rendeu, vou dar meu palpite.
O uso de um ou outro sistema é, em primeiro lugar, uma questão de "custo/benefício". Vejamos o exemplo da
Everex, marca de computadores americana (leia-se "vende nos EUA", pois não sei se fabrica lá), que lançou na rede Walmart um computador de US$199,00 com Linux (o famoso gOS, que muitos pensaram fosse a distribuição do Google) e vendeu que nem pão quente. Por que vendeu? Vendeu porque era bom (não tem uma configuração "top", mas está na média e traz o necessário), barato e fácil de usar para as necessidades básicas da computação: navegar, ler e enviar e-mail, ver vídeos, ouvir música, escrever textos e criar planilhas com o OpenOffice, alternativa livre ao "pesado e caro" Office 2007.
O Linux, associado a um hardware compatível, é hoje capaz de concorrer com o Vista e com o OSX em um país desenvolvido, tendo, por conta do custo/benefício, mais força ainda em um país em desenvolvimento (leia-se "mais pobre").
Quanto mais eu uso Linux, em seus vários sabores (nos últimos doze meses usei Ubuntu, Debian, Mandriva, Fedora e PCLinuxOS), mais tenho presente a certeza de que nenhum problema sério afetará um computador vendido com Linux em OEM, desde que a escolha de hardware seja cuidadosa e a instalação bem feita, até porque quanto ao sabor do Linux temos várias distribuições de qualidade com grande número de usuários e comunidades ativas e, especialmente, prestativas, prontas a ajudar.
Resumindo, acho que qualquer fabricante que enverede pelo caminho da Everex com "seriedade" e não apenas para usufruir de benefícios fiscais tem enorme chance de sucesso quer no Brasil, quer em qualquer parte do mundo.