qual tipo de partição devo escolher para o Linux, lógica ou primária
Tanto faz, primária ou lógica, não há nenhuma diferença, o Linux vai funcionar bem do mesmo jeito.
A primeira questão a se saber é se o seu computador possui uma interface de firmware do tipo BIOS-MBR ou do tipo UEFI-GPT.
Sistemas do tipo BIOS-MBR (Basic Input Outpur System - Master Boot Record), que são os mais antigos, são os até agora há pouco existentes, baseados na arquitetura DOS (Disk Operating System), admitem até 4 partições primárias ou 3 partições primárias e 1 partição estendida, a qual pode ser subdividida em unidades lógicas, então nessa subdivisão pode-se atingir até 32 partições.
No caso concreto, caso o seu sistema seja do tipo BIOS-MBR, tudo indica que já estão sendo utilizadas 3 partições primárias (100 MB; 98 GB; 320 GB), portanto, caso queira mesmo criar duas outras partições usando o espaço de 49 GB terá de fazê-lo como partição estendida e então nela criar 2 unidades lógicas.
Existe, contudo, nos sistema mais modernos a arquitetura UEFI-GPT (Unified Extensible Firmware Interface - GUID Partition Table), sucessora do BIOS-MBR, cuja especificação permite que uma unidade GPT tenha até 128 partições. Aquela pequena partição de 100MB no início do disco é um indicativo de que o seu sistema possa ser do tipo UEFI-GPT e aquela área é usada exatamente para armazenar os bootloaders, isto é, os gerenciadores de boot dos sistemas instalados, então, não inutilize aquela partição sem antes saber com certeza do que se trata e o que há nela.
Mais um detalhe importante: se a plataforma for do tipo UEFI-GPT será necessário usar o Ubuntu 64-bit.
Como dito, a primeira coisa a fazer é identificar a interface de firmware do seu computador, se BIOS-MBR ou se UEFI-GPT.
Como saber isso?
Simplesmente entre no firmware (conhecido como entrar no BIOS ou entrar no 'set up' do computador), que é a tela inicial do sistema e olhe, ou então, obviamente isso também consta no manual do produto.
Uma outra forma é usar um live-iso (live-pendrive ou live-dvdroom), subir o sistema por ele, abrir uma janela de terminal e utilizar o comando:
sudo fdisk -l
(sinal de hífen mais letra ele no final do comando acima)
A saída indicará as partições existentes e ainda se o sistema é do tipo GPT.
Pode usar também:
sudo parted -l
(idem, hífen mais letra ele)
Num sistema Linux Ubuntu instalado (mas apenas se instalado no disco rígido, não vai funcionar a partir de um live-iso) é possível ver o estado de UEFI fazendo:
[ -d /sys/firmware/efi ] && echo "EFI boot on HDD" || echo "Legacy boot on HDD"
Se o resultado for "Legacy boot on HDD" então ou a interface de firmware não é do tipo UEFI ou não está setada para o UEFI modo e sim para o modo BIOS.
Apenas como observação final, supondo que seu sistema seja do tipo BIOS-MBR (questão a ser vista e confirmada) e caso o sistema de disco esteja sendo criado do zero, isto é, sem nada ainda no disco, o esquema que você adotou não é, em tese, o melhor desenho a se fazer na criação de partições, pois está criando uma camisa de força que não permitirá movimentações futuras, a menos que realmente não se pretenda movimentações futuras de criação de partições.