Além de louco é burro. SE um dia conseguirmos criar robôs conscientes, o mais provável que irá acontecer é que eles irão pensar se devem ou não continuar nos concedendo os direitos que possuímos atualmente, inclusive os direitos humanos.
Uma máquina consciente, segundo a teoria da singularidade, seria capaz de aprimorar-se constantemente, num ritmo até então difícil de ser mensurado.
Em uma questão de dias ou mesmo horas poderemos ser rebaixados de seres dominantes à seres de segunda classe.
Será que isso vai ser ruim? Não sei não, com tanta estupidez que a raça humana fez até agora, pode ser que seja bom até para nós mesmos, caso os robôs resolvam que nós merecemos continuar existindo de maneira pacífica.
Ou talvez a evolução siga seu curso natural e nós sejamos extintos, dando lugar a seres inorgânicos superiores a nós.
Mas acho que ainda estamos um pouco longe de criar tal coisa como uma inteligência artificial forte, e também acho que a rede não irá simplesmente "acordar".
Se fosse para apostar, eu apostaria que nós iremos nos tornar mais máquinas e menos biológicos a medida que evoluirmos. Basta analisar nossas limitações e como as máquinas, externamente a nós, estão nos permitindo superar tais limitações.
Aposto que todos aqui conseguiriam imaginar sem muita dificuldade um chip de celular implantado na nossa cabeça, de maneira invisível. Os chips atuais (para comunicação básica de celular - óbvio que não estou falando de funções de câmeras e pdas) já são pequenos o suficiente para caber sob a pele e econômicos o suficiente para se alimentarem da energia gerada e dissipada pelo nosso próprio corpo. Se as redes de telefonia móvel viessem a se tornar gratuitas ou com preços como o do skype, e se tivessemos tais chips implantados, não seria isso quase uma telepatia? Só teríamos de inventar um jeito de falar sem utilizar a boca... Ou talvez as pessoas andassem pela rua sussurando. Se nos acostumamos com pessoas andando pelas ruas gritando em aparelinhos presos ao ouvido, não vejo por que não poderíamos nos acostumar com esse outro cenário.
Futuramente captura de imagens digitais poderiam se beneficiar da lente mais perfeita que existe, que é a córnea humana. Até o momento nenhum cientista conseguiu inventar uma lente que tivesse o alcance focal e as propriedades exclusivas que temos nessa lente natural do olho. Alguma dispositivo semelhante a um ccd, que não atrapalhasse a visão, implantado sob a córnea, poderia gerar imagens absolutamente impressionantes bem ao estilo WYSIWYG.
Neste caso de captura de imagem em especial, existem desafios bem maiores do que a simples utilização de um chip de celular sob a pele, mas a ciência humana já provou ter potencial para superar tais desafios de maneira criativa.
Enfim, todas as tranqueiras que carregamos atualmente, de maneira bem primitiva, do notebook ao gps, tendem a ficar menores e mais integrados a nossa biologia.
Quando falo nisso muita gente ainda se choca, pelos motivos errados, dizendo "eu não quero ter nada implantado em mim"! Seja por medo de cirurgia, ou por paranóia governamental. Mas esse tipo de evolução é inevitável. Ou estaremos fadados a estacionar na escala evolutiva.
O que realmente deve chocar é o quanto esses dispositivos irão modificar as relações humanas.
Uma vez que os seres humanos estivesse conectados entre si, de maneira permanente, sendo que o controle para desligar tal conexão seria de responsabilidade única e exclusiva do indivíduo, e que da mesma maneira estaríamos conectados permanentemente à internet, todos nós seriamos de uma certa maneira mais inteligentes. Quem não conseguiria achar a resposta para uma dúvida em segundos, pesquisando no google ou na wikipédia, ou se fosse uma dúvida mais específica, em um pouco mais de tempo, consultando amigos ou fóruns?
O que seria dos vestibulares, provas do colégio e faculdade?
Quais seriam as mudanças em termos de ensino, uma vez que nossa mente seria um grande centro de informações ilimitadas, podendo ser acessadas quase que instantaneamente?
Hoje em dia já poderíamos ter um acesso parcial a esse aumento de produtividade e eficiência parcial, mas tal prática é considerada desonesta na maioria dos meios. Num futuro próximo, criminalizar tal prática seria como criminalizar o pensamento.
Pensem nisso. (:
Ps.: Só um adendo: se fosse para ter algum tipo de sistema de software implantando em qualquer parte que fosse do meu corpo, sem dúvida alguma eu gostaria que fosse um sistema de código aberto.