KDE x Gnome: Desperdício de talento?

[james_br]

Estive pensando...Que vantagem há em manter esses 2 projetos separados?

Existem muitos programas parecidos... penso que talvez seja muito tempo/energia/dinheiro gasto criando coisas semelhantes, recursos esses que poderiam ser usados para criar novos programas, soluções e melhorias...

Não seria mais inteligente unir os 2 projetos e aproveitar as sinergias resultantes?
Um projeto só leva a mais foco e a mais resultado a meu ver.

Queria saber se só eu penso assim, e se isso soa absurdo ao ouvido dos antigos usuários de linux, e, se soa, porque.

[0tacon]

 A vantagem é que isso é o que mantém vivo o conceito da "liberdade de escolha" no Linux, penso eu. A própósito, esse conceito de liberdade trata-se justamente disso: de haver sempre diversas opções para escolher, entre distros e ambientes gráficos, e sempre haverá uma mais adequada para o usuário em questão, que pro sua vez não vai precisar se adaptar a umn sistema inadequado.  E mais uma coisa, andei lendo diversos artigos de blogueiros que falam em uma secessão (fork) no projeto KDE por causa do rumo que o KDE4 está tomando, com essa de tirar os ícones do desktop propriamente dito e colocar no "plasma". Isso, da separação do projeto, é mais um reflexo da liberdade de escolha. Se tem gente que quer usar o KDE4 sem essa de "plasmóide", vamos dar isso a eles, sem obrigá-los a usar uma coisa que não querem, ou uma versão antiquada. O Linux habita esta linha de pensamento.

[sylvester]

Ao contrário do que muitos pensam os dois projectos tem colaborado entre eles, mantendo as diferenças de cada um.
Olha aqui um exemplo recente:
http://ev.kde.org/announcements/2008-04-22-akademy-guadec.php
Eu gosto muito dos dois ambientes e não veria com bons olhos uma fusão.

[JeffersonX]

Eu acho legal a colaboração entre KDE e Gnome e é por aí o caminho. Muitos sugerem a união entre os 2 projetos. Pessoalmente prefiro que isso não aconteça para termos opções e filosofias diferentes. Eu gosto disso.

O KDE4 ainda está muito cru e me parece que muita coisa ainda não foi implementada. Eu vi essa mesma história no KDE 3.0. A partir do KDE 3.1 as coisas começaram a andar e no KDE 3.3 (o último que usei como padrão na minha época de Debian Sarge) foram apresentados muitos recursos interessantes e boa estabilidade. O KDE4 caminha para o mesmo lugar.

Uma coisa: testei algumas distribuições com o KDE4, como o openSuse 11, Fedora 9 e Kubuntu. Destes, o que mais me agradou foi o Kubuntu Remix com o KDE4, o que me impressionou, pois o KDE do Ubuntu nunca havia me agradado.

E o Gnome 3.0? O que será que nos aguarda hein? Ainda vai demorar... hehe

[sylvester]

Eu acho legal a colaboração entre KDE e Gnome e é por aí o caminho. Muitos sugerem a união entre os 2 projetos. Pessoalmente prefiro que isso não aconteça para termos opções e filosofias diferentes. Eu gosto disso.

O KDE4 ainda está muito cru e me parece que muita coisa ainda não foi implementada. Eu vi essa mesma história no KDE 3.0. A partir do KDE 3.1 as coisas começaram a andar e no KDE 3.3 (o último que usei como padrão na minha época de Debian Sarge) foram apresentados muitos recursos interessantes e boa estabilidade. O KDE4 caminha para o mesmo lugar.

Uma coisa: testei algumas distribuições com o KDE4, como o openSuse 11, Fedora 9 e Kubuntu. Destes, o que mais me agradou foi o Kubuntu Remix com o KDE4, o que me impressionou, pois o KDE do Ubuntu nunca havia me agradado.

E o Gnome 3.0? O que será que nos aguarda hein? Ainda vai demorar... hehe

É mesmo... o kde que mais me agradou, também foi o do kubuntu o que foi mesmo uma surpresa.
Esperava mais do openSuse.

[Bud Spencer]

Acho que deveria ter a união dois dois assim como o pessoal do PIDGIN, aMSN e Emessene fez.

Agora vai existir o melhor mensageiro do mundo, além de continuar a existencia do PIDGIN e EMESSENE.

Poderia existir o KDE e Gnome além do novo e fusão dos dois.

Quanto mais união melhor. "A união faz a força!"

Trabalhos voluntários não deve existir concorrência. É burrice pensar dessa forma.

[Polaco]

Eu não vejo com bons olhos uma possível união, colaboração é interessante, mas não acho legal que um ou outro ambiente perca a sua identidade.

Quando os criadores do Gnome decidiram debandar do projeto KDE, a idéia inicial era criar um ambiente com uma abordagem diferente, mais simplficado e fácil de usar, o famoso "menos é mais", uma abordagem parecida com a da Apple.

Outra questão interessante são as bibliotecas de desenvolvimento, dificilmente no caso de uma união um ou outro ambiente abriria mão de sua biblioteca principal, até porque foi o motivo inicial da separação.

O irônico da situação, é que o Miguel de Icaza usou como argumento para a cisão a biblioteca Qt, que na época não era livre, e hoje ele entope o Gnome com o Mono e cai de amores pelas tecnologias de Redmond.

O mundo dá voltas... 

[Nossile]

O Mark Shuttleworth, já havia falado da idéia de um Gnome usando Qt, essa possibilidade eu até acho interessante, mas unificar os projetos já não gosto.

[rjbgbo]

acho mais uma coisa cultural, o domínio do windows e também a presença do mac
nisso também o linux é diferente c/ suas várias font ends, etc.
a gente acaba se acostumando, o negócio é ter facilidades de uso p/ os usuários finais, aliado a estabilidade etc.

[sylvester]

Sobre este assunto, olhem o que eu encontrei:

"Shutleworth diz: Uso KDE no meu Desktop e Gnome deve pensar em usar a Qt
Pode parecer incrível, mas Mark Shuttleworth, o homem por trás da Canonical e do Ubuntu, em entrevista publicada no site derStandard.at faz estas e diversas outras afirmações. Contudo essas declarações tem de ser contextualizadas, vejamos alguns pontos interessantes da entrevista, destacando essas e outras afirmações do pai do Ubuntu.

Ao ser perguntado se ele achava verdadeira a afirmação que todos estão adotando o Gnome como seu desktop padrão ele diz que:

Sim, mas não creio que isto é definitivo. Se olhar para o trabalho que foi feito pela comunidade KDE, é muito vibrante. Eu uso o KDE na minha área de trabalho, gosto de ver o ritmo das mudanças existe, há uma série de inovações no KDE4. Penso que o pessoal do KDE têm razão quando dizem que sua abordagem tornou mais fácil e dinâmica as previsões de liberação de novas versões, muito a frente da abordagem do equipe do Gnome. Contudo essa previsibilidade e também a escolha do GNOME pela LGPL faz muito bem para os negócios.

Invés de dizer: "GNOME ganhou, KDE perdeu" Eu gostaria de dizer: "Como é que podemos fazer estas comunidades se sentar e falar uns com os outros"? Nós realmente precisamos de ter os dois,com ciclos de versões estáveis e com a capacidade de evoluir rapidamente e dar grandes saltos como KDE4.

Estou muito interessado em saber como fazer essas duas comunidades trabalharem em conjunto, com relações mais estreita, como obter mais colaboração, com mais partilha. Tanto a nível da tecnologia, mas também ao nível das melhores práticas e processos.

Além desta afirmação ele também discute o uso da biblioteca Qt no Gnome, o uso do SELinux, fala sobre as criticas feitas contra a versão LTS 8.04 lançada recentemente e ainda elogia os trabalhos da Apple em questão de designer e desenvolvimento, vale a pena conferir".

http://linuser.com/noticias/1-distros-linux/71-shuttleworth-diz-uso-kde-no-meu-desktop-e-gnome-deve-pensar-em-usar-a-qt.html
Entrevista completa aqui:
http://derstandard.at/?url=/?id=3413801

[Bud Spencer]

acho mais uma coisa cultural, o domínio do windows e também a presença do mac
nisso também o linux é diferente c/ suas várias font ends, etc.
a gente acaba se acostumando, o negócio é ter facilidades de uso p/ os usuários finais, aliado a estabilidade etc.

Na verdade o pessoal do Brasil (muitos) só conheceram o MAC depois do GNU/Linux.

Foi por causa do GNU/Linux que muitos conheceram o MAC

Eu ainca acho que a fusão vai ser boa, pois muitos aplicativos que eu gosto ficam em GTK ou em QT. Tem sempre um aplicativo que é bom em um e no outro fica devendo.

Mesmo eu podendo instalar algo de GTK no QT, eu sei que o desempenho cairá desticamente.

Eu mesmo vejo o Opera e o Firefox. o que usa o QT tem um arranque mais rápido