Amigos,
Acabei de assistir ao programa na BBC e vou falar um pouco sobre o rolou já que algumas pessoas não têm NET e/ou não sabem inglês o suficiente para entender o programa.
O programa começou explicando o que é FOSS - Free Open-Source Software e mostrando algumas pessoas chaves nesse movimento. Explicou também as 4 regras básicas para que o programa seja considerado Open, ditas pelo próprio criador. Falou de GNU, Linux e explicou algumas diferenças básicas entre os FOSS e o programas comerciais como Windows, do ponto de vista comercial.
O assunto dinheiro deu o gancho para que o programa abordasse o problema de países pobres e/ou em desenvolvimento como o Brasil, África do Sul, China e Russia, que possuem uma grande população carente e sem acesso a tecnologia e seus benefícios. No Brasil, especificiamente, mostrou algumas atitudes do governo federal e alguns estaduais (como o do Estado do Paraná) à favor da conversão de seus sistemas internos e externos para software livre.
Gilberto Gil e o Secretário de Educação do Paraná falaram sobre essas iniciativas e como isso afeta os programas governamentais de distribuição de informação. Com a economia feita nas licensas, pode-se adquirir mais hardware e com isso atingir um maior número de pessoas.
Entre um assunto e outro, principalmente quando alguma vantagem dos sistemas livres era apresentada, o diretor da Microsoft Europa tinha "direito de resposta" justificando o porquê os produtos da empresa do Bill Gates são melhores em termos de segurança, estabilidade, suporte e upgrade.
Com produtos caros, a Microsoft foi mostrada com uma das empresas que mais sofrem com a pirataria, inclusive no Brasil (mostram imagens com cameras escondidas). A pirataria foi justificada pelo fato de "um empregado com salário médio ter que trabalhar mais de um mês para poder adquirir um produto Microsoft".
Partindo para a África, o programa mostrou como iniciativas utilizando FOSS são importantes para a educação e desenvolvimento de países como a África do Sul. Utilizando programas livres em hardwares menos potentes, o governo criou o chamado "computador virtualmente indestrutível" que fica protegido dentro de "caixas" como se fossem Bancos 24h. Esses computadores, que na verdade são 4 em cada composição, são colocados em locais públicos para que qualquer pessoa tenha acesso à internet.
Representantes de algumas empresas de software, como a Sun, disseram que no futuro eles não vão vender mais software, mas sim, serviços, adaptando aquele software que o cliente já possui para as suas necessidades.
O programa, de uma forma geral, focou o lado político/comercial do crescimento de FOSS e sua concorrência com a Microsoft, além da importância de projetos utilizando software livre para o desenvolvimento de países pobres.
Confesso que não era bem isso o que eu esperava ver, principalmente com um programa chamado The Code Breakers, mas fiquei feliz em saber que os conceitos do Ubuntu e de outros grupos de suporte e desenvolvimento de FOSS são verdadeiramente aplicados na prática aonde mais se precisa, em países pobres como o Brasil.
Fiquei feliz também em saber que de uma forma muito tímida e quase inexpressiva, participo dessa (r)evolução virtual de forte influência no mundo real.
Ao término do programa, fiquei com vontade de construir um daqueles computadores indestrutíveis, dentro de uma caixa forte, e colocá-lo em um local público. Pensei até que isso não seria em vão, em nenhum sentido. Dinheiro para patrocinar aquele e outros computadores parecidos, assim como pagar funcionários, poderia ser conseguido através de patrocínio de grandes empresas como de comerciantes locais próximos ao ponto de instalação do computador. O OS, obviamente, uma versão adaptada de Ubuntu que visasse a segurança e a estabilidade para acessar a internet.
Abraços,
Daniel
PS.: Achei esse site por acaso, mas justifica parte do documentário falando sobre a posição do Brasil em relação ao FOSS.
http://www.softwarelivre.gov.br/diretrizes/Repare que é um site do Governo Federal.