E começa à preparar material de apresentação com casos de sucesso. Porque vai ter muita gente que vai dizer "ahh, mas linux é porcaria, ninguém usa". O nível do pessoal é tão elevado que você manda um arquivo ODF, e a pessoa fala que é arquivo de linux.
A cidade de Munique, Alemanha, está trocando o windows por linux. E já vem usando LibreOffice já faz um tempo. Economizaram milhões, e pelo que sei está dando certo lá. Se deu certo numa cidade, dá certo também numa escola.
Em contrapartida, em outra cidade alemã, voltou à usar M$ Office depois de alguns anos usando OpenOffice. Eles argumentaram que o OpenOffice não atendeu direito a demanda da cidade. Mas ao analisar mais à fundo, descobriu-se que fazia anos que eles não atualizavam o OpenOffice, e ainda usavam o M$ Office conjuntamente, e o formato de arquivo usado para a interação entre as 2 suítes foi o formato proprietário da microsoft (doc, xls, ppt, docx, xlsx, pptx...). Ou seja, o problema não estava no OpenOffice, e sim em quem implementou a solução. Ou seja, conversinha pra boi dormir, e provavelmente lobby de uma certa empresa, para a prefeitura comprar milhares de licenças. Só o fato de não atualizar um programa que é gratuito já demonstra o quanto estavam compremetidos em fazer com que a troca desse certo.
Então você tem que ver isso aí, não adianta só instalar e deixar como está. Tem que ter em mente que software livre tem uma dinâmica diferente do software proprietário. O windows XP está aí há mais de 10 anos, mas uma distro Linux envelhece em muito menos tempo, coisa de 2 anos (e é o mesmo tempo entre os lançamentos das versões LTS do ubuntu). O office da M$ fica aí no mercado de 3 à 5 anos, já o Libre tem versão nova à cada quase 6 meses, e vem muita correção de bugs e maior compatibilidade com arquivos do M$ office, além de implementação de novos recursos.
Não estou falando para ir atualizando frenéticamente (mesmo porque tem que esperar o software amadurecer um pouco, esperar sair as atualizações contendo correções de bugs, como no caso do Libre, a versão 4.2.6 é mais estável que a 4.2.0 por exemplo, tem que prestar atenção nesses detalhes). Mas tem que ter um planejamento à longo prazo. Caso contrário a chance de voltar ao software proprietários é grande, vai vir muita gente de má fé argumentando que o proprietário é melhor, enquanto que muita coisa se resolve com uma atualização ou até uma interação maior com a comunidade, reportando bugs ou entrando em fóruns por exemplo, ou até contratando um consultor/especialista na área.