Linux deve colaborar com MS, diz Novell

[rjbgbo]

Linux deve colaborar com MS, diz Novell

O CEO da Novell defendeu que desenvolvedores Linux colaborem com empresas de software proprietário, sobretudo a Microsoft.

O CEO Run Hovsepian fez as afirmações para uma platéia de programadores e usuários de software livre, durante a LinuxWorld Conference, que acontece esta semana em San Francisco.

Segundo Hovsepian, a Microsoft é uma realidade e sua predominância no mercado não pode ser ignorada.

Hovsepian afirmou, no entanto, que o Linux deverá ganhar popularidade nos próximos anos em desktops, mas para “atingir todo o seu potencial” deverá saber colaborar com empresas de software proprietário e, eventualmente, estabelecer parcerias com elas.

Hovsepian defendeu especificamente o acordo entre Novell e Microsoft para criar soluções de interoperabilidade entre Linux e Windows.

O acordo gerou muita polêmica na comunidade Linux e recebeu oposição de vários membros da Free Software Foundation, entre eles Richard Stallman.

As críticas influenciaram a definição da nova versão da licença Linux, a GPLv3, que limita o uso de inovações da comunidade em soluções que colaboram com software proprietário.

Apesar da polêmica, Hovsepian afirmou no evento que a Novell disponibilizará inovações de seus desenvolvedores sob a licença GPLv3.
Fonte: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/082007/09082007-7.shl

E a recíproca também ñ deveria haver?

[AquaMan]

O CEO da Novell defendeu que desenvolvedores Linux colaborem com empresas de software proprietário, sobretudo a Microsoft.

Que absurdo...
Será que rolou vaia?

O tempo já mostrou que as táticas da MS para conseguir o que quer não são lá muito, digamos, educadas. Colaborar como? Não há a contrapartida da outra parte, nunca houve.

Acredito em concorrência saudável, boas idéias, melhorias contínuas, mas cada um no seu lugar. Os princípios e as propostas doo mundo Linux e MIS são totalmente distintas, o que mais cedo ou mais tarde fará aparecer conflitos (fora os que já existem!).

O interesse de um é ganhar mercado e dim-dim. O interesse, não, vamos mudar a palavra, o objetivo do outro é software livre para todos, que é uma tendência totalmente disparatada do primeiro. Colaboração nessa hora pode se dar em padrões de formato de arquivos, protocolos, e outras coisas afins, e olhe lá!

Apenas um ponto de vista.
 
Abs!

[twelvetribes]

Seria como conseguir paz entre o Islã e os Estados Unidos.

[Polaco]

Acho que é possível a colaboração por ambas as partes, o grande problema é a posição sempre agressiva da Microsoft, algo como:

"Nós os ajudamos, mas vocês precisam adimitir que estão roubando nossa propriedade intelectual!"

É ridículo, desta forma nunca haverá uma colaboração verdadeira, a Novell simplesmente se vendeu a Microsoft e fica tentando justificar, é uma lástima que uma das minhas distribuições preferidas tenha caído nas mãos deles.

Ainda bem que a GPL3 está aí para acabar com essas palhaçadas, quero ver a cara do Icaza se o GNOME passar a ser licensiado por ela. 

[celsofaf]

Linus Torvalds disse que "a Microsoft é irrelevante". É assim que devemos agir.

[AquaMan]

Linus Torvalds disse que "a Microsoft é irrelevante". É assim que devemos agir.

Penso assim também. Mas o problema aparece quando vem à tona o tal do padrão de formato arquivos. É justo e desejável que os formatos se tornem padrão, quem não gostaria? Acredito que, nesse quesito, ignorar a presença do "concorrente" (eu ainda acho que a M$ não é concorrente do Linux) é ruim pra todo mundo.

É aquela história: cada um usa o que quer e o que gosta, mas quando eu receber um arquivo seu, eu quero poder abrir, ler e editar, e te devolver sem estrago. Será que um dia a gente chega lá?

O lance é que o Bill é chato.
 

Abs!

[celsofaf]

A questão da padronização dá muito pano para manga, e pode ser facilmente resolvida se apoiarmos o ODF e fizermos pressão para seu uso geral. E, eventualmente, ele prevalecerá, escreva isto que estou dizendo.

[twelvetribes]

Não há roubo algum. Tudo é domínio público. A lógica existe desde que o mundo é mundo. O Ubuntu é parecido com o ambiente gráfico Windows, que é anterior a ele. Isso não quer dizer que o Ubuntu Africano seja uma cópia do sistema dos Americanos. Me parece, no entanto, que não existe realmente um padrão de aparência. Na linguagem e na lógica científica esse padrão existe desde que o mundo é mundo. Daqui a pouco eles vão querer patentear a escrita e as fórmulas matemáticas cobrando pelo uso.

[Syph0s]

E a recíproca também ñ deveria haver?

há recíproca.. o projeto MONO que permite rodar programas desenvolvido em .NET tem auxilio de programadores da MS...

[RickMura]

Penso que nos preocupamos muito com eles, a GPLv3 ta aí, pronto, nosso problema foi resolvido, não corremos mais riscos.
Quanto a padronização, isso sim é complexo, hj 90% dos arquivos texto formatados são .doc (e vem aí o .docx), isto sim vai ser mmmmuito difícil mudar.
E a boa, se quisermos melhorar, devemos antes de mais nada, melhorar as interfaces com usuários leigos, joga um Ubuntu na mão de um leigo e vai ver o qto temos de melhorar. Por mais bacana e facinho que seja usar o K/X/Ubuntu a interface do windows ainda é mais amigável, cheio de wizzards (q diga-se de passagem funcionam). O K/X/Ubuntu é na minha opinião o mais estável, mais fácil de usar, dos sistemas linux para usuário deskto (final), mas o windows ainda tem a interface mas amigável.

Quanto a Novell, é uma lástima, eu faço minha parte e me recuso a usar produtos Novell, sou um zé ninguém, posso gritar e nda vai acontecer, mas seu parar de usar, meu vizinho, meu chefe, minha namorada e assim por diante, pronto, temos nosso papel reconhecido. Eu nunca fui anti-microsoft, mas hj sou anti-Novell. Pegou o que a GPL tem de melhor e se vendeu ao software proprietário. A MS ao menos sempre foi declaradamente proprietária.

[boi]

Penso assim também. Mas o problema aparece quando vem à tona o tal do padrão de formato arquivos. É justo e desejável que os formatos se tornem padrão, quem não gostaria? Acredito que, nesse quesito, ignorar a presença do "concorrente" (eu ainda acho que a M$ não é concorrente do Linux) é ruim pra todo mundo.

É aquela história: cada um usa o que quer e o que gosta, mas quando eu receber um arquivo seu, eu quero poder abrir, ler e editar, e te devolver sem estrago. Será que um dia a gente chega lá?

O lance é que o Bill é chato.

A padronização dos formatos de arquivos seria essencial, mas não se iludam, a Microsoft é a última interessada em que isso aconteça. Documentos de texto que só abrem corretamente no MSOffice ou páginas de internet que só funcionam no IE é tudo o que a Microsoft quer, e ela vem lutando para que tudo continue assim, vejam o caso do ODF contra o OOXML, por exemplo. Padrões de mentirinha, formatos de arquivos que só podem ser abertos e trabalhados corretamente com os produtos da MS são uma das maiores armas que eles têm para manter o monopólio, e eles nunca abrirão mão disso.

[vinicius_aleao]

Isso tudo é verdade, mas tenho a impressão que o ODF está ganhando a briga em diversos lugares do mundo, o que é muito bom. Aqui no Brasil é que eu acho que a coisa está bem complicada, mas ainda assim eu não me abalo.

Quanto ao Linux, é bem verdade que, de modo geral, ainda tem que haver evoluções para satisfazer o usuário comum. Mas por outro lado, as distribuições linux (ou grande parte delas) já possuem um detalhe extremamente vantajoso em relação ao Windows: repositórios. Se existe uma certa complicação para instalar ou configurar programas manualmente no linux, também existe muita facilidade para encontrar e instalar programas de repositórios que satisfaçam as necessidades do usuário. E sejamos francos: instalar programas no Ruindows pode ser fácil para o usuário comum se ele comprar o programa na loja, mas não é todo usuário comum que consegue crackear (entenda como "instalar um crack") um programa proprietário sem ajuda de alguém mais experiente. Quantos de vocês não conhecem pessoas que adoram o Windows porque é "plug and play", mas que procuram ajuda na hora de instalar um piratão? Eu conheço três só aqui na minha casa. Além disso, as distribuições linux estão ficando cada vez mais "plug-and-play". Em suma: creio que vai chegar o dia em que apenas esse tipo de preconceito justificará a preferência de alguém por Windows, e não por linux.

Claro que eu torço por padrões abertos e universais, e é claro que não podemos desistir da briga. O que me consola é que mesmo que o ODF não ganhe essa disputa, o pessoal do OpenOffice (ou de qualquer outro office aberto) vai continuar trabalhando para garantir que nós salvemos os nossos documentos em OOXML (se  infelizmente tiver que ser assim), e com o mínimo possível de perda. Posso estar sendo muito otimista, mas é assim que eu enxergo as coisas.

De qualquer forma, tenho a impressão de que o futuro pertence ao software livre.

Abraços!