Uma dica interessante que parece não estar por aqui, nos arquivos do fórum, é sobre um lançador de aplicativos extremamente inteligente e que funciona via teclado: o gnome-launch-box (que, a propósito, lembra muito o QuickSilver).
O que ele faz? Simples: executa aplicativos e lança arquivos a partir da digitação de seus nomes! Mas não é só isso... Enquanto você digita, ele faz uma busca e vai exibindo uma lista (com ícones) de tudo que corresponder aos caracteres já digitados, o que é excelente quando vc não consegue se lembrar do nome completo do programa.
Como instalar?Bom... no meu caso (Ubuntu 5.10) eu só executei no terminal:
sudo apt-get install gnome-launch-box
Como usar?Ao menos aqui ele não apareceu em nenhum menu do Gnome, então eu tive de executá-lo por um terminal:
gnome-launch-box
Mas isso não me pareceu muito prático, já que o que me interessava era ter uma alternativa "phosphosol" para o lançador padrão (aquele do atalho ALT+F2). Então eu tive de fazer uma pequena configuração de atalho, e é o que vou mostrar passo-a-passo no roteiro abaixo:
1 - Menu Applications > System Tools > Configuration Editor;
2 - Expandir o ramo "apps", procurar pela chave "metacity" e também expandí-la. As chaves que nos interessam aqui são a "global_keybindings" e a "keybinding_commands";
3 - Na chave "global_keybindings", procurar um comando disponível (marcado com o valor "disabled"). No meu caso, eu escolhi o "run_command_1";
4 - Com um duplo-clique sobre o comando escolhido, aparece a opção de digitar uma sequência de teclas, mas é preciso escrever na "munheca" o atalho. No meu caso, eu escolhi atribuir a tecla "F1" a este comando, portanto eu só tive de escrever "F1" (sem as aspas). Se eu quisesse atribuir o atalho CTRL+F1, por exemplo, eu teria de escrever "<Control>F1", e por aí vai...
5 - Agora na chave "keybinding_commands", procurar o comando previamente escolhido e alterar o valor para o nome do aplicativo (gnome-launch-box). Como eu utilizei o "run_command_1" na chave anterior, eu tive de procurar pelo nome "command_1" e selecioná-lo;
6 - Duplo-clique no comando selecionado e abre-se novamente a oportunidade de escrever o nome do comando associado ao atalho. Então é só digitar "gnome-launch-box" (sem as aspas) e sair pro abraço! :mrgreen:
Algumas coisas bacanas sobre o gnome-launch-box, são:- você não precisa minimizar todas as suas janelas para abrir um outro programa que tenha o ícone no desktop;
- ok... o ALT-F2 também faz isso, mas o "lembrete" (auto preenchimento) dele é bem mais limitado e "esotérico";
- tá bom, eu sei que também tem o menu no painel... mas, mesmo que você o acesse via ALT+F1, ainda terá de sair pulando de sub-menu em sub-menu, e ainda correrá o risco de não encontrar o que quer (às vezes, mesmo que você tenha o menu Debian habilitado).
- além do mais, a indicação dos programas encontrados durante a digitação é acompanhada de um ícone, que se não for o ícone padrão do programa, é no mínimo o ícone do tipo de arquivo;
- uma enorme vantagem (não apenas dele, mas de soluções de usabilidade deste tipo) é que ele funciona também como uma vacina contra a imbecilização promovida pelo uso indiscriminado do mouse;
- por último, o seu uso pode ajudar (e muito) quem está começando no GNU/Linux a se acostumar com o nome dos programas, estimulando ao mesmo tempo a curiosidade investigativa...
Finalizando:- para executar um programa é só sair digitando o seu nome e, quando o ícone dele aparecer no quadro, pressionar "Enter";
- Para sair do gnome-launch-box sem executar programa nenhum, basta apertar a tecla "ESC";
- Eu sei que é possível deixá-lo bem mais bonito (e até com aquelas frescuras do composite), mas não encontrei nenhuma referência sobre como fazer;
- Não encontrei nenhuma informação de bugs e outras travadas relacionadas com ele, e no que me diz respeito, tudo tem funcionado redondinho na minha máquina;
- Sim... é claro que o tanto de resultados que ele apresenta durante a digitação de um nome, eventualmente poderemos ter problemas de falta de atenção ou de disparos indesejáveis... Mas é assim que se aprende, não é mesmo?
Abração!