ars351,
O que você diz só confirma o que eu mesmo penso a respeito do software livre e de outros temas de interesse público: não há a menor coerência nos partidos políticos! O mesmo governo que favorece o software livre de um lado o sepulta de outro; é-se de esquerda num ministério e de direita num outro; uma secretaria combate a corrupção e a outra a favorece; uma defende os direitos humanos, outra promove massacres...
O Estado de São Paulo avançou muito nestes últimos anos no campo da informatização e do "governo eletrônico". Em contrapartida, é um dos Estados onde menos se promove a adoção do software livre. Aliás, a Fundação Padre Anchieta, mantida de fato pelo Estado, acaba de fazer a TV Cultura migrar de volta para o Windows, duvido muito que por motivos técnicos.
Poucos países têm adotado políticas coerentes no campo do software livre. Na Espanha há pelo menos coerência na sua adoção pelo Poder Público: algumas das distribuições mais interessantes que têm surgido ultimamente são mantidas por governos regionais espanhóis. Uma delas é uma derivada do Ubuntu, o Guadalinex, mantida pela Comunidade (região) Autônoma da Andaluzia. E há a gnuLinEx, criada pela Junta (governo da Comunidade Autônoma) da Extremadura, que acaba de lançar a sua versão estável, fundada no Debian e cheia de novidades interessantes.
E o mais interessante é que estes sistemas têm sido amplamente difundidos na administração pública, sendo empregados nas escolas, telecentros e outros órgãos públicos. É de dar inveja!