Costumo dizer que a relação com qualquer distro Linux costuma ser de ódio e amor - nessa mesma ordem.
Primeiro tudo o mundo odeia. O cérebro está contaminado e impregnado de NEXT... NEXT... NEXT... CLOSE. Você ama a tarefa de digitar números de série, usar keygens, digitar códigos de instalação, substituir arquivos EXE, apagar entradas de registro lá no REGEDIT, fazer um gambiarra danada e vibra cada vez que observa o antivírus berrando! Isso é o máximo
Aí a pessoa vai para o Ubuntu. Abre a Central de Programas, localiza o software desejado e clica em instalar. Aguarda um pouco e o programa já está instalado. "Poxa, eu quero o Windows de volta, isso daqui é muito complicado". "Onde eu acho o C:\"?
Se resolver insistir mais um pouco, sua mente começa e se desintoxicar e passa a ver, claramente, o porque das coisas nele serem como são.
É uma jornada que leva um tempo. Há que se adminir que alguns softwares para o Windows são espetaculares, pois já adquiriram uma curva de desenvolvimento de décadas. Enquanto isso muitas versões correspondentes do mundo open-source possuem poucos anos.
Mesmo assim o desenvolvimento do software livre caminha a passos largos. O Inkscape, por exemplo, é uma ferramenta fantástica para desenhos vetoriais. Falta ainda alguns detalhes nele para se tornar ainda melhor, mas vejo que é só uma questão de tempo para um recurso ou outro evoluir. O que falta são apenas detalhes - mas nada que venha a impedir qualquer trabalho. O mesmo ocorre com o Scribus. E o que falar do LibreOffice? Observo que 99% das tarefas que as pessoas fazem no MSOffice é possível fazer também no LibreOffice com a mesma facilidade. Aliás, ouso até falar que algumas tarefas o LibreOffice consegue cumprir melhor que o MSOffice.
Então, tudo se torna uma questão de hábito. Lembro que primeira vez que mexi no Inkscape, senti uma imensa saudade do CorelDraw. Achava o Inkscape tosco, não conseguia usá-lo direito. Achava até que havia bug onde na verdade, quem estava bugado era eu. Ficava com uma raiva danada.
Hoje não consigo viver sem o Inkscape. Criei até uma galeria de artes que produzo nele:
http://luizrezende.deviantart.com/Antes era comum eu formatar o computador quase todo ano, fora a irritação de ter um sistema cada vez mais instável e lerdo. Depois que passei a usar o Ubuntu - isso lá na época do Hardy Heron - adeus formatações. Tenho certeza que daqui a 5 anos meu notebook estará exatamente com o mesmo desempenho que está hoje. Sem vírus, sem tela azul, sem DLL sumindo, sem HD fragmentado, sem memória esguelando, sem HD trabalhando sem parar, sem a internet enviando e recebendo dados mesmo sem nenhum motivo... enfim, não dá para querer usar outro sistema.