Boa noite
Comecei há poucos dias a usar o Ubuntu 20.04 em paralelo com o Windows10 e existem variados motivos para o fazer.
Este laptop tem menos de 2 anos e vinha com o W10 instalado e não vou ficar sem ele.
O Ubuntu e seus derivados é das mais fáceis distribuições de Gnu/Linux que existem. Desde a minha primeira experiência em 2007, sempre foi perceptível o quanto seria benéfico ter iniciado nisso. E é benéfico, uma vez que você pode utilizá-lo para navegar com segurança na internet, sem o risco do vírus embora existam malwares mesmo que sejam poucos e raríssimos.
Demorei algum tempo para perceber que existem vários distribuidores de pacotes, com diferentes fontes. E fui perceber também que o que eu chamava de "Linux Ubuntu" era parte do Projeto Gnu (
www.gnu.org ) da Free Software Foundation (
www.fsf.org ), um ecossistema de desenvolvimento do Software Livre que depende de internet para o compartilhamento dos fontes e que foi muito prejudicada pela escassez de internet até 10, 15 anos atrás. O Linux é o kernel ou núcleo do sistema operacional, que são os módulos que executam a comunicação entre o software e o hardware.
Até onde percebi a maior parte dos fabricantes de hardware e periféricos não apostam nas distros Linux e assim sendo se quisermos usar um aparelho na sua plenitude lá vamos nós para o Windows.
No meu caso é a impressora multifunções, no Linux não consigo aceder ás funções de scanner e ao menu mais completo da mesma.
Falando de uma informática e computação que nos remete aos anos 1990 e 2000, é fácil entender o motivo que isso se deu. O software livre apenas engatinhava e a escassez de internet deixava o processo de desenvolvimento lento, causando a desconfiança dos produtores de hardware com isso e fechando com a MS do Windows.
Os acordos de exclusividade dificultavam ainda mais o aperfeiçoamento do software livre porque os desenvolvedores tinham dificuldade de ter acesso à documentação do hardware, ou não tinham e precisavam fazer engenharia reversa para que houvessem avanços importantes com Placa de Vídeo, Placa de Rede, dentre outros.
E no caso das impressoras, é possível que funcione melhor em algum tempo, se já não houver realmente perfeita eficácia e precisam de alguns ajustes. Eu não ficaria surpreso se houver algum DRM (Digital Restriction Management) na impressora com relação ao scanner.
Então não é que as fabricantes não apostem no Linux. Existe um contexto, causado por um momento anterior da história em que eles apostavam menos ainda e assinaram alguns acordos de exclusividade de software com a grande marca.
A placa gráfica do laptop funciona muito melhor no windows do que no ubuntu para ver filmes ligado a uma tv.
A tv é smart? Atenha-se a este detalhe: Se for smartv, eu posso afirmar com absoluta certeza que executa Linux. Mas não um Linux que carrega os softwares computacionais fornecidos pelo Projeto Gnu com as licenças autorais da FSF (Fundação pelo Software Livre, baseada em Boston/EUA), e sim uma tv que carrega um kernel adaptada para esse tipo de televisão.
Existe software que só roda em windows como o AutoCAD.
Tenho muitos ficheiros CAD que uso no meu trabalho no HDD e preciso deles.
Tem softwares de CAD em software livre também, mas obviamente em um estágio mais inicial ou mais precário de desenolvimento, com alguma qualidade, o que não quer dizer que não tenha futuro com alguma atenção de gente competente que entenda do assunto para desenvolver o software e dar saltos de qualidade com novas funcionalidades. Tem também uma distribuição CAD:
https://distrowatch.com/table.php?distribution=caeNo restante é um SO que não apresenta nenhuma dificuldade para o utilizador comum.
Tem todos os programas necessários, internet, escritório, imagem, video, tem tudo.
A última versão do Libreoffice é compatível com a Microsoft e se não fosse podia-se usar a Google Docs ou a sua gêmea da microsoft.
Existem configurações mais avançadas pouco acessíveis a um utilizador normal, mas essas limitações também existem no windows.
A interface gráfica do Ubuntu é muito fácil e não existe só uma, existem várias para vários fins e gostos.
No windows somente temos uma.
O Ubuntu tem ou tinha o lema de ser "Linux para seres humanos"
Sobre as interfaces gráficas (GUI = Graphical User Interface), pessoalmente sempre me opus a "empurrar" uma interface gráfica muito diferente para o usuário iniciado. Deve ter sido porque eu tive uma péssima experiência quando o Ubuntu adotou o Unity, mas eu também não defendo que um saudoso Gnome3 seja proposto para o usuário leigo. Para a melhor experiência de quem vem do Windows, um Mate Desktop ou Cinnamon, assim como o KDE e agora o LxQt são as melhores opções. O XFCE não sou fã mas é uma boa opção para computadores obsoletos. O LXDE é muito simplório e você já deve ter percebido.
Para usuários curiosos e que queiram maximizar a RAM livre do computador, recomenda-se e já usei também Openbox, Blackbox, tenho aqui um Gnustep em um AMD Duron de 1 Ghz instalado com Debian, o Enlightment (acho que é esse o nome), e posso estar esquecendo de mais algum.
A aprendizagem do Ubuntu, para um utilizador comum é intuitiva, rápida e fácil.
Mais fácil do que aprender a usar um smartphone novo.
Após este meu contato com este SO, não percebo a necessidade de fazer pirataria ou gastar muito dinheiro em licenças.
Muitas empresas, escolas e governos poupariam milhões se adoptassem este SO.
O celular que for Android é Linux sem Gnu também.
O sucesso da implantação depende de escolha da interface gráfica. Eu já tive conhecimento e experiência própria presenciei casos que não tiveram sucesso e os usuários rejeitaram sistematicamente por causa da escolha errada nessa parte. Viam o Unity e se provavelmente se perguntavam: "para onde eu vou? abrir navegador deve ser clicando no Firefox, mas como faço para ir em pastas?"
As licenças que nos beneficiam é a que nos proporciona essa liberdade de software, o motivo de sempre lembrar a Free Software Foundation.