Texto muito bom tem que estar aqui!
Ubuntu, um sistema operacional interessanteJOSÉ CARLOS CAVALCANTI é professor de Economia da UFPE e ex-Secretário Executivo de Tecnologia, Inovação e Ensino Superior de Pernambuco
Você já ouviu falar do Ubuntu? Nunca ouviu? O Ubuntu é um sistema operacional que está dando o que falar!
Aposto que certamente já ouviu falar do Linux, aquele sistema operacional de código aberto e livre que pretendeu desafiar o sistema Windows, da Microsoft! Pois bem, o Linux emergiu com essa fama de desbancar o Windows, no entanto é difícil de usar. Mas isso foi até o Ubuntu surgir!
O Ubuntu é um sistema operacional de código aberto, livre e completo, com processador de textos, web browser, aplicações em planilhas, e leitor de arquivos pdf, é elegante, seguro, e intuitivo. E isso tudo graças ao empreendedor sul-africano Mark Shutleworth.
Ele vendeu sua empresa de segurança digital VeriSign por meio bilhão de dólares, e, a partir de então, andou torrando dinheiro por aí com coisas como uma viagem espacial na espaçonave Soyuz até a Estação Espacial Internacional.
Depois ele tomou algumas lições de cozinha e tentou atuar em encontros online. Em seguida, ele decidiu salvar o mundo do Windows. Com isso, ele já investiu US$ 25 milhões no projeto, contratou programadores topo-de-linha em software-livre e negociou com fabricantes de computadores para que estes passassem a vender PCs com Ubuntu pré-instalado.
Ele garante que os geeks - nome dado a uma classe de pessoas fascinadas por conhecimento ou imaginação - do primeiro mundo não serão os únicos beneficiados. Ele está enviando o Ubuntu, traduzido para 35 línguas, para qualquer um que solicitar, em qualquer lugar do mundo. Basta acessar o site
www.ubuntu.com.
O Ubuntu é patrocinado pela Canonical Ltd (dirigida por Mark Shuttleworth) e o seu nome deriva do conceito sul africano Ubuntu (pronuncia-se /ùbúntú/ - u-BÚN-tu; IPA: /uˈbuntu/) — diretamente traduzido como "humanidade para com os outros".
Diferencia-se do Debian (que é simultaneamente o nome de uma distribuição não comercial livre - gratuita e de código fonte aberto - do GNU/Linux, amplamente utilizada, e de um grupo de voluntários que o mantêm à volta do mundo) por ser lançado semestralmente, por disponibilizar suporte técnico nos 18 meses seguintes ao lançamento de cada versão (em inglês) e pela filosofia em torno de sua concepção, uso e distribuição.
Segundo o Wikipedia, a proposta do Ubuntu é oferecer um sistema operacional/operativo que qualquer pessoa possa utilizar sem dificuldades, independente de nacionalidade, nível de conhecimento ou limitações físicas.
A distribuição deve ser constituída totalmente de software gratuito e livre, além de isenta de qualquer taxa. Atualmente uma organização cuida para que cópias sejam remetidas em CDs para todo o mundo sem custos. No Brasil várias comunidades já se organizaram para tratar do Ubuntu e para disseminar o seu uso através de sites como:
- Planeta Ubuntu
- UbuntuBrasil
Ou em blogs como o Meyer, ou mesmo em encontros, como o deste link.
Existem algumas características básicas que atraem a atenção no Ubuntu:
a) novas versões dele são lançadas com um intervalo aproximado de um mês após o lançamento do GNOME (nome que os desenvolvedores de software livre dão para o acrônimo GNU Network Object Model Environment, que é um ambiente gráfico desktop gratuito e livre para sistemas UNIX)
b) um dos principais focos do Ubuntu é a usabilidade;
c) acessibilidade e internacionalização, permitindo a utilização do sistema pelo maior número de pessoas possível;
d) vem com diversos programas pré-instalados que atendem funcionalidades básicas, entre os quais estão a suíte de aplicativos OpenOffice.org, o navegador de Internet Firefox, e o editor de imagens GIMP (aplicativos já populares). Programas para visualizar conteúdos multimídia, clientes de e-mail e jogos simples completam a distribuição básica;
e) todas as versões do Ubuntu são disponibilizadas sem custo adicional.
Ainda é muito cedo para se fazer projeções sobre a sustentabilidade de longo-prazo do Ubuntu. Há muito que se avançar em questões meramente culturais, como a adaptação dos usuários a estes tipos de sistemas operacionais e às suas aplicações, mas fundamentalmente com relação à viabilidade econômica dos modelos de negócios que possam surgir a partir da sua disseminação.
Uma coisa é certa: o Ubuntu tem uma mensagem doce e eficiente, de origem, que "toca lá no fundo" do bolso dos usuários dos países em desenvolvimento - tão cansados de pagar tão caro por tantas licenças de software (aos desenvolvidos), ou de ter recorrer aos sistemas pirateados...