Vou até colocar esse tópico no favoritos, pq Mythus e Galactus fazendo um debate de software livre não é todo dia, nem em qualquer lugar que se vê
Não sabia que eu tinha virado uma espécie de sumidade!
Mas longe de mim estar no mesmo patamar que o Devorador de Mundos - só faço umas pequenas contribuições.
Eu comecei no mundo da informática e não existia Linux, muito menos Windows e nem DOS! Como muitos já sabem eu não sou da área técnica, mas sou aficcionado por isso.
Meus primeiros contatos com computador foram com XT e TK-85, mas só fui realmente usar um computador na geração dos 486s e Win 3.11. Também não sou da área, mas só fui me interessar de verdade quando um colega meu abriu um telnet no meu computador e se comunicou com um server *nix da universidade. Foi ali que comecei a correr atrás do Linux. Até mexi bastante no W95 e no W98, mas sou meio perdido no XP. Sou outro aficionado fora da área de atuação.
Não discuto em nada os papéis importantes de tantos Pais e Mães de distros Linux que você e eu falamos. Mas no meu caso, que queria sair do jugo da MS para encontrar uma alternativa livre,sem complicação demais, acabei ficando sem os pais e sem as mães na época.
RED HAT era caro demais e não servia ao meu propósito, não queria um servidor no meu PC.
Eu tive 4 grandes gurus para me guiar na primeira distro que consegui instalar satisfatoriamente Red Hat 3.0.3 e logo em seguida o RH4: a Linux-Br, e os sites de busca Altavista, NothernLights e posteriormente o Google. O Red Hat só se tornou pago após a versão 9 e com a divisão em Red Hat Enterprise Edition e Fedora Core. Nesse começo (1996-1997) era realmente complicado, algumas coisas simples hoje: leitura de FAT32, configuração de modem, som e vídeo. Era desse tempo que eu tinha mencionado a Red Hat como uma opção de distro para o usuário.
Mas voltando ao ponto onde quero chegar. Quando eu nem sabia o que era Linux mas fui atrás disso (era usuário do Windows desde a sua primeira versão), não adiantou tudo o que as outras distribuições anteriores fizeram pelo mundo Linux. Não estou em momento nenhum desmerecendo o papel delas. Mas foi o Ubuntu que me abriu as portas, por ser fácil de usar (para a época, era, das que eu tive oportunidade de conhecer), pessoas dispostas a ajudar ao iniciante, e o principal para mim, funcionava na minha máquina!
Eu sei exatamente o que é isso de ver a distro e o seu hardware conversando bem. No meu caso, cheguei a encomendar da InfoMagic um kit de 6 cds com Red Hat 4.2 (kernel 2.0.30); Debian 1.3.1 (kernel 2.0.30); Slack 3.3 (kernel 2.0.30) + um monte de Docs e HowTos (ainda tenho a caixa hehe). Ter algo que funcione é muito bom. Mas também é algo muito mais de caráter aleatório do que meritório. Naquela empreitada por uma confluência de fatores eu consegui me entender melhor com o Red Hat 4.2. E foi meio que assim mesmo: um entendimento entre homem e máquina, porque eu era, no meu universo de amigos/conhecidos o único que queria usar Linux como sistema pessoal tanto em João Pessoa quanto em Campina Grande. Passei muitos anos da vida sem conhecer pessoalmente uma alma linuxer. Hoje o sistema está mais maduro e mais difundido entre os fabricantes de hardware e uma distro dinâmica como o Ubuntu encontra um cenário muito favorável ao crescimento e e foi nessa oportunidade que o Ubuntu chegou na "crista da onda".
Além de me abrir as portas, adorei a comunidade e pude participar dela desde o início, procurando ajudar com o pouco que sei a outros usuários leigos como eu. Sabe quando eu como usuário iniciante ia poder ajudar nas comunidades das "três grandes"? Nunca! Ia era ser expulso!
Bah! Fala sem conhecimento de causa. Eu já fiz muita pergunta imbecil na Linux-Br e na Linux-ABC e nunca recebi um RTFM! Mas eu até te dou desconto, existe uma estigma e isso acaba intimidando novatos. Aliás, acho que só vi alguém dizer RTFM numa lista quando era muito provocado ou quando o iniciante achava que as pessoas tinham que responder por obrigação. Como eu normalmente não procuro ser arrogante, as pessoas eram sempre legais comigo
Talvez se você olhar as análises do Fedora, Mandriva e PC Linux OS você ache alguma comparação com Ubuntu, o que seria bem mais lógico.
http://distrowatch.com/dwres.php?resource=major&language=BR Nessa página não há muita análise, há mais descrição e normalmente é citado a origem: Debian na do Ubuntu; RH na do Fedora; Mandrake na do Mandriva e etc. Mas uma coisa que é certa nas análises feitas por pessoas é comparar uma distro com seu conhecimento. Por exemplo, você que vai fazer uma análise é levado a compará-la com o Ubuntu ainda quando uma distro não tenha nada a ver com a outra como você fez no Fedora. Quanto eu testei o Mandrake 7.2, era inevitável a comparação com o Conectiva 7. É inevitável comparar a distro que se testa com a que se usa. É muito possível afirmar que aquilo que você viu foram análises de pessoas que usavam o Ubuntu e estavam testando distros. Se você ler uma análise de um Kurumin no fórum do Kurumin o critério de comparação será com a versão anterior. E se achar num fórum do Arch Linux uma avaliação do Slack, é bem possível que eles não se importem em queimar no mármore do inferno e vão compará-lo à versão atual do Arch.
De qualquer maneira, sendo moda ou não sendo moda, uso Ubuntu e vou continuar usando até o dia em que ele continuar me servindo bem, mesmo com seus defeitos. No dia que não me servir mais, vou procurar outra alternativa livre! Mas creio que isso pode demorar bastante!
Amém!