Meu nobre Nq6,
No mundo corporativo tudo pode acontecer, é claro que essas ações da Canonical são importantes e nos fornece os elementos necessários para acreditar que daqui a alguns anos o Ubuntu reine dentre as distros de sistemas GNU/Linux. Contudo muita coisa acontece, a concorrência prepara seus contra-ataques e as ações que em um momento foram estratégicas passam a não funcionar mais.
Grande ABS,
Basta ver o gráfico acima, da recente pesquisa do desktoplinux.com
Acho que isso simplifica as percepções e deixa claro que o distrowatch não é referencial para nada.
Ok.
Penso que dizer que o Distrowatch "não é referencial para nada" é um pouco de exagero. Boa parte daqueles que usam o Linux ou se interessam por ele visita com assiduidade aquele site. Para medir o gosto deste círculo de pessoas, a Distrowatch é referência sim. Aliás, para os ubuntistas irritados com a supremacia da PCLinuxOS no
ranking de visitas daquele site eu devo lembrar o seguinte: o Ubuntu não era nem de longe a distribuição mais usada do mundo Linux e já despontava na frente deste mesmo ranking que parece tão suspeito a certos ubuntistas hoje em dia. Vale dizer: ele serviu muito bem para antecipar o espetacular sucesso do Ubuntu, da mesma forma como, ao meu ver, ele já está antecipando uma disputa mais acirrada entre as distros maiores num futuro próximo.
Qualquer um pode perceber, aliás, que tanto em termos de comodidade quanto de desempenho a diferença que antes separava o Ubuntu de seus principais concorrentes (Fedora, Suse, Debian, PCLinuxOS, entre outras) é bem menor agora do que era há um ou dois anos atrás.
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O samuelbh tem razão (outra vez!): o pessoal da PCLinuxOS tem preferência por ciclos de desenvolvimento mais longos do que é o comum hoje em dia. O que torna ainda mais surpreendente o sucesso desta distro: afinal, raras vezes ela é notícia.
Para mim, esta opção por ciclos mais longos é fácil de explicar: a equipe de desenvolvimento é pequena e sempre deu prioridade a estabilidade. A única forma de conciliar tal características, tal como acontece com o Slackware, é não tentar lançar versões estáveis a toda hora.
Quanto à objeção do Eunir, de que sendo a PCLinuxOS uma
derivative da Mandriva, que acaba de lançar uma versão 2008 enquanto não é "nem cheiro" da PCLinuxOS 2008, é preciso lembrar que a PCLinuxOS está para a Mandriva assim como o Ubuntu está para o Debian: a base do sistema, inclusive alguns utilitários administrativos, é muito semelhante, mas a PCLinuxOS dispõe de repositórios próprios, faz os próprios pacotes (a partir de SPRMs da Mandriva, quando possível) e muitas vezes aplica
patches diferentes daqueles adotados pela Mandriva aos programas que ela oferece.