eu quero fazer um adendo e reivindicar a entrada na liga do nosso colega jurassico clcampos, que eu sei que é um baita de um estegossauro camuflado aqui no forum, e tenho certeza que ele foi programador em cobol
O @clcampos, eu não sei. Mas eu programei (bastante) em Cobol - rsrsrs.
Na verdade, meu primeiro contato com informática foi um cursinho de Basic. Meio que falcatrua: você "ganhava" o curso e só tinha que pagar o material didático! kkkk
Mas foi legal. Aprendi Basic num CP500. Depois ganhei um TK2000 e brincava com ele: todo fim de semana a gente juntava a molecada na casa de um de nós, à noite, e fazia "reunião dançante" e eu aprendi a fazer uns efeitinhos sonoros bacanas (tipo sirene, tiro de fuzil, etc) e botava no meio das músicas, devidamente tocadas a LP e K7, enquanto a estrobo ficava esquentando a fiação da garagem. Pelo menos não incendiamos a casa de ninguém. kkkk
Depois a coisa ficou séria. Gostei de programar e fiz um curso de Cobol na Sispro, de Canoas-RS (que na época era um bureau de serviços contábeis e de folha de pagamento bem influente na região). Era coisa pra gente grande: você aprendia linguagem estruturada; todos os programas tinham obrigatoriamente que começar com uma estrutura analítica, que eram as rotinas e sub-rotinas interligadas num gráfico parecido com um organograma. Depois, cada "caixinha" do último nível virava um fluxograma e só então a gente codificava. Detalhe: a codificação era feita num formulário em papel que era encaminhado para o setor de digitação.
Na época, programa corporativo não tinha interação com usuário. Era basicamente leitura e gravação de arquivos, processamento e impressão. Então, depois que ia prá digitação, os caras mesmos compilavam o programa. Cada programa tinha direito a no máximo 3 compilações.
Após uma compilação, você pegava a "saída do sistema" no balcão: se tudo estivesse normal, você recebia o relatório requerido pelo "exercício" e entregava pro professor. Se ocorresse algum erro na compilação, você recebia o relatório de erro, marcava hora num terminal burro e fazia a edição num editor de linha e comandava uma nova compilação. Aí começava tudo de novo.
Bons tempos... A gente tinha que pensar na lógica. Sem essa de empurrar para o usuário a responsabilidade de decidir o que quer (rsrsrs). tempos em que não se conseguia fazer um aplicativo sem um bom "teste de mesa".
Abs.