Fala galera, tudo bem com vocês?
Eu queria ter o prazer de anunciar em primeira mão, empresas novatas que foram criadas ontem e que acredito que não vão ser grande coisa no futuro, mas já é alguma coisa pra ajudar o Software Livre
Red Hat™ - Ela mexe com servidores, é muito recente ainda, tem clientes desconhecidos e sem grande importância como a NASA.
Novell™ - Essa empresa acaba de criar um sistema de Redes para computadores e tem sua própria distro Linux! Ainda ta no comecinho mas promete!
IBM™ - Essa é muito recente! Ela acaba de inventar um tal de "Mainframe" e costuma usar um servidor Linux da sua parceira Red Hat™ nos seus novos tipos de servidores! Ela promete que eles irão rodar 10 anos sem interrupção!
Google - Bom, essa eu não conheço muito bem, é um empresa muito pouco conhecida e pequena ainda, ta no comecinho, mas promete também, usa um Linux personalizado de uma tal de Canonical™ nos seus Desktops de produção, também usa algumas ferramentas Livres.
Mas tão dizendo que a GPL não da lucros né? O Software Livre não evolui nem é sério né? Poxa, acho que essas empresas não vão ter muito futuro então
O texto acima é uma paródia irônica e sarcástica ao cotidiano virtual
Muito bom, kernelscript!
Esta história de que só uma empresa seria capaz de conduzir projetos sérios é visão reducionista do mundo. No mundo todo há milhares de projetos sérios vivendo de doações e trabalho voluntário: museus e orquestras centenários, escolas, associações instituições de pesquisa, etc. O trabalho voluntário é feito com dedicação e prazer; esta é a razão pela qual ele funciona e, muitas vezes, é mais produtivo do que o trabalho remunerado.
Fala-se muito em empresa e "trabalho sério", mas toda base do Ubuntu vem de um projeto constituído por centenas de programadores voluntários do mundo inteiro, o Debian. E quase todos os aplicativos importantes são ainda produto do binômio trabalho voluntário-doação. É evidente que as empresas têm o seu lugar garantido no Linux. Mas se as próprias empresas têm se preocupado em desenvolver comunidades sólidas em torno de suas distribuições, não é à toa ou por idealismo romântico. Elas perceberam que a contribuição do usuário também agrega valor aos seus produtos.
Além disso, qualquer especialista em trabalho sabe que a tendência contemporânea é a de múltiplas formas de trabalho, seja o do empregado, do trabalhador temporário, do voluntário, etc. Ou para dizer de outro modo, no mundo contemporâneo a diferença entre o trabalho e o lazer (ou o ócio) deve tornar-se cada vez menos nítida. Porisso, perdoem-me, mas quem acha que só a empresa-empregado faz trabalho sério não é realista (em contraposição ao idealista); é só ultrapassado ou não tem prestado muito atenção às modernas tendências do mundo do trabalho.
E o Bill Gates sabe disso: a questão é que ele é especialista em adular a platéia e que esta tolice sobre "trabalho sem dinheiro não é trabalho sério" foi dita diante de executivos da
indústria farmacêutica!
Da indústria farmacêutica! E a indústria farmacêutica tem horror a qualquer tipo de licença que não seja a boa e velha patente, pois é desta forma que eles ganham rios de dinheiro cobrando direitos sobre produtos que poderiam ser substituídos por genéricos infinitamente mais baratos! O que ele fez foi repetir exatamente o argumento que defende as indústria farmacêutica de seus críticos. Pura adulação!