Instigado pela frustração que venho tendo com o
Adobe Flash player, especialmente no Hardy Heron, trago aqui a tradução de um artigo publicado no
Slashdot, sobre a baixa qualidade do plugin disponível para Linux:
"
mwilliamson escreve:
'Enquanto leio meu jornal matinal online, ainda não posso ver os vídeos embutidos por causa de um problema de auto-detecção no meu Flash player. Um em cada três ou quatro vídeos no Youtube derrubam meu navegador. Lembro de há um tempo atrás ter lido que a Adobe tem um time de desenvolvimento muito pequeno (possivelmente apenas um) trabalhando no port do Flash para Linux. Penso que é uma grande barreira controlando a aceitação do Linux como um SO para o desktop. Não importa o quanto estável, redondo, eficiente e correto o Linux rode numa máquina, o público vai continuar subvalorizando-o se o Flash continuar travando. Este é o pior exemplo do que é estar amarrado por um produto 3rd-party ruim sobre o qual nenhuma distro Linux tem controle. O GNASH é legal, mas ainda não está bem 100% (nota do tradutor: concordo plenamente com esta constatação, visto que já testei o referido plugin). Eu me sinto compelido a suspeitar à respeito da motivação da Adobe, mantendo o Flash Linux em estado tão deplorável.'"Uso a versão
9.0 r124 do Flash player, que é a disponível nos repositórios padrão do Ubuntu. Pelo que leio
aqui no fórum mesmo, parece que para as próximas versões a coisa está melhorando um pouco, já há até o tão necessário e solicitado suporte à transparências. Na versão que uso, principalmente após eu ter instalado o
libflashsuport (que me permite ouvir os sons do Flash sem que eu precise fechar o Rhythmbox e reiniciar o Firefox, por exemplo), a situação do plugin está muito ruim. Crashs são rotina, alguns vídeos não carregam por completo, lags, e por aí vai.
Concordo com o autor do artigo no que diz respeito à isto ser uma barreira à adoção do Linux, e o fato de os desenvolvedores poderem fazer pouca coisa ou nada em relação à qualidade do plugin. Vou ficar na expectativa em relação à melhora nas próximas versões, e principalmente no amadurecimento das iniciativas opensource, como a abertura do
Flex da
própria Adobe (que decidiu abrir a aplicação sob uma licença baseada na da Mozilla) e o
Moonlight (aplicação opensource em Mono com base no Silversight da Microsoft). E, mais interessante ainda, no
suporte nativo da versão 3.1 do Firefox aos elementos do html5, permitindo a execução de áudio e vídeo no navegador sem a necessidade de plugins, penso que este é um avanço gigantesco. Fico na expectativa que as implementações livres ao Flash tenham o mesmo sucesso que o ODF vem galgando como padrão livre na formatação de documentos.
Fontes: Slashdot,
Adobe Press Conference Room,
br.mozdev.org.