Olá Shakmatton, você quer atuar a na área de Jogos em geral ou focado em GNU/Linux? Mercado nacional?
E o principal: Você é jogador "Hardcore"? Por que se não for, é meio complicado trabalhar nesta área não gostando dela. Empresas grandes de Jogos e também faculdades de jogos (Internacionais) geralmente não admitem não-jogadores para seus cursos/empregos.
Mas se tu joga, assim como eu, se quiser atuar na área nacional e ainda para GNU/Linux, terá que empreender, ou trabalhar em uma empresa empreendedora e inovadora, pois no Brasil as empresas de Jogos não se interessam por Software Livre ou GNU/Linux, subestimam essas ferramentas ou apenas não demonstram interesse em conhece-las melhor, ficam presas aos modelos proprietários e padrões de criação de Jogos internacional, achando que só uma Havok, ou Softmage salva, quando temos ferramentas de nível profissional Open Source e poderíamos criar novas formas de se criar Jogos. E o projeto Apricot/Yo! Frankie esta ai pra provar o que estou falando.
E nosso mercado ainda é muito pequeno, essas empresas tem dificuldades por ver salvação somente em Ferramentas de produção "consagradas", que são carríssimas, dai tem que desenvolver do zero, o que não é ruim, mas o mercado mundial de Jogos está uns dez anos a nossa frente em termos de evolução e tecnologia. Estima-se uma melhora devida a chegada da Ubisoft ao Brasil e também da Interzone Games que irá produzir a maior parte do seu novo MMO de Football aqui.
Eu, se tiver a oportunidade, quero trabalhar na área, como Game Designer (O Cara que projeta todos os aspectos do jogo, cria o roteiro etc).
Dois bons jogos que rodam em GNU/Linux e são Multiplataforma que recomendo são:
Tribal Troubles - Um Jogo (Proprietário, mas o Demo tem muitos recursos), é um RTS Multiplataforma com um tema divertido.
Racer - Um Jogo de corrida incrível proprietário porém Freeware e multiplataforma.
Respondendo a pergunta: Vale a pena sim, trabalhar com o que você gosta e acredita, é sempre uma boa escolha, mas não se iluda, em se tratando de Jogos, no Brasil, fazer Jogos voltados para o mercado nacional e ainda dando atenção ao GNU/Linux como plataforma ou de produção ou de execusão desses jogos, é um caminho muito torto, com muitas, MUITAS pedras, tem quer ter muita garra, coragem, dinheiro e sorte. Mas uma boa mente criativa e copetente pode facilitar e muito também.
Estamos falando de empreendedorismo e inovação.
Agora se você não é muito de inovar ou gosta das formas tradicionais, uma boa é ir para o exterior, estudar Jogos lá, em faculdades/instituições dedicadas a isso, e ingressar em uma grande produtora de Jogos (A que cria neste caso, não a que produz no sentido de promover). Países que são líderes neste seguimento são Japão, EUA, Canadá e Inglaterra. Isso se o seu sonho é fazer parte de grandes produtoras de Jogos, e você tenha o sonho de criar grandes jogos consagrados. Mas se quer começar na humildade e sem perder tempo ao mesmo tempo, pode fazer um curso mais curto de Jogos aqui mesmo no Brasil e tentar uma vaga nas produtorsa nacionais ou Ubisoft do Brasil. Outra opção é ingressar em uma faculdade de Jogos nacional com um bom curso longo de Jogos e depois ir para o exterior tentar lá, com sua paixão, garra, talento e competência, uma vaga entre os "Pros" de lá.
Um grande problema no Brasil é a falta de incentivo fiscal e educacional para essa indústria por parte do governo, visto que a indústria de Jogos mundial movimenta e lucra muito mais que a indústria do cinema por exemplo. E também outro grande problema aqui no Brasil é o grande pré-conceito por parte de muitas pessoas com relação ao jogos, vendo-os como coisa de criança, passa tempo, tempo perdido, e não uma forma de arte, expressão, emprego, aprendizagem, cultura entre outros. Enquanto lá fora este seguimento é amplamente respeitado e assimilado corretamente pela sociedade e governos.
Resumindo: Se for produzir aqui, e ainda com atenção à GNU/Linux, vai sofrer, vai ser muito, MUITO difícil. Mas se você ama o que faz, tem boas idéias, encherga soluções, pode valer a pena
Um abraço e até mais.