Autor Tópico: Ubuntu no jornal O Estado de SP  (Lida 4254 vezes)

Offline KubLin

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Ubuntu no jornal O Estado de SP
« Online: 10 de Abril de 2006, 08:51 »
jornal O Estado de SP, caderno Link, página 4, 5 e 6

Prove o sabor do Linux em seu micro

´Link´ mostra que, com o Ubuntu 5.10, entrar no mundo do software livre deixou de ser tarefa só para especialistas
         
   MAURÍCIO MORAES E SILVA
Quem nunca ouviu falar do Linux ? Inimigo do Windows, o sistema operacional que traz o pingüim como símbolo vive a 'síndrome do ganhador de loteria': todo mundo sabe que existe, mas ninguém nunca viu. Afinal, quantas pessoas você conhece que já o instalaram? Pois saiba que há uma versão do Linux quase tão simples de usar quanto as janelinhas de Bill Gates, com um visual incrementado e aplicativos de alto nível. Você pode colocá-la no seu micro junto com o Windows - ou rodá-la direto de um CD, sem configurações complicadas. A 'mágica' chama-se Ubuntu.
Antes de prová-lo, cabe outra questão: o que é o Linux e como ele funciona? Para começo de conversa, trata-se de um software livre. Isso significa que qualquer pessoa pode instalá-lo no PC - geralmente sem pagar nada -, fazer cópias e distribuir para os amigos.
Além disso, aqueles que entendem de programação conseguem olhar todo o código em que o sistema foi escrito e, se quiserem, podem acrescentar melhorias ou fazer modificações. A idéia é dar liberdade total ao usuário.
No mundo do Windows, qualquer uma dessas possibilidades pode dar cadeia. Como é um software proprietário, quem compra o produto e o instala no micro concorda em obedecer várias restrições - além de pagar um preço salgado.
Ninguém pode emprestar o CD para um amigo colocar o sistema operacional no computador dele. Fazer cópias e distribuir ou vender, nem pensar: é pirataria. Vasculhar o interior do sistema e modificá-lo também está proibido. O fabricante - a Microsoft - investiu no desenvolvimento do programa e toma essas medidas com o objetivo de proteger o negócio.
No funcionamento, porém, os dois sistemas operacionais (programa que gerencia todos os outros softwares em um computador) estão cada vez mais parecidos. No início dos anos 90, apenas profundos conhecedores de informática conseguiam mexer no Linux. Qualquer operação pedia a digitação de uma série de comandos em um ambiente bem parecido com o do antigo DOS.
Os anos se passaram, e o pingüim ficou bem mais amigável.
Surgiram versões com um ambiente de janelas semelhante ao do Windows, facilitando a vida dos não-especialistas.
Diante dessa comparação, muita gente pode ficar empolgada para declarar independência em relação à Microsoft de uma vez por todas. Mas é preciso ir com calma. O Linux está chegando lá, mas ainda não é tão acessível quanto o seu principal adversário. Usuários iniciantes podem ter problemas para fazer coisas simples, como instalar a versão mais nova de um software ou conectar periféricos mais modernos. Em alguns casos, é necessário digitar comandos.
Em compensação, muita gente já está apta a experimentar o software livre. Para embarcar nessa aventura, a primeira condição é ter os conhecimentos de um usuário médio de computador: alguém que sabe se virar bem com o Windows está capacitado para a tarefa.
Muitas pessoas se enquadram no perfil, mas uma boa parte provavelmente não vê necessidade de alterar o sistema operacional do seu PC - e não há nada de errado nisso. Outros podem se interessar pelo desafio.
Entre esses últimos, há quem tenha curiosidade de conhecer uma alternativa ao Windows, instalando-a em seu PC principal ou em uma máquina mais antiga que esteja meio encostada. Depois vêm os que acreditam na proposta do software livre e querem abraçar a idéia, tornando-se ativistas.
Há espaço também para aqueles que instalaram um sistema pirata no PC e desejam sair da ilegalidade sem desembolsar R$ 500 na compra de um produto original. No balaio cabem ainda os que querem se preocupar menos com vírus, mais raros no ambiente livre.
Quem não tem coragem de se desfazer do sistema de Bill Gates não precisa se preocupar.
Apesar de serem rivais, Windows e Linux podem conviver pacificamente no mesmo disco rígido. Toda vez que você ligar ou reiniciar o PC, escolherá qual dos dois quer utilizar. Para isso, é preciso particionar o disco rígido (leia abaixo), uma operação delicada. Antes de fazê-la, providencie um backup de todos os arquivos importantes.

UNIVERSO DE VARIAÇÕES
O próximo passo para embarcar na experiência do software livre é decidir qual sistema operacional Linux escolher. Enquanto no caso do Windows XP há duas opções principais no Brasil (Home e Professional), o pingüim possui diversas alternativas. Conhecidas como distribuições, todas trazem um mesmo núcleo, mas apresentam dezenas de diferenças em características como, por exemplo, o grau de complexidade, o tipo de interface gráfica e a compatibilidade com placas de vídeo, webcams, scanners ou tocadores de MP3.
Os nomes deixam qualquer novato confuso. A variedade, nem se fala. Existem cerca de 450 distribuições. Entre as mais famosas estão Red Hat, Debian, Slackware, Mandriva, Fedora, SuSE, Ubuntu e Kurumin. Qual é a mais adequada? O
Link escolheu o Ubuntu como porta de entrada para o universo do software livre por um motivo bem simples.
Desenvolvida pela organização Canonical, do excêntrico milionário sul-africano Mark Shuttleworth - ex-dono da empresa de segurança na internet Thawte e famoso por pagar US$ 20 milhões para visitar a Estação Espacial Internacional (ISS) em 2002 -, o Ubuntu nasceu com um propósito: oferecer um sistema operacional livre e gratuito que possa ser utilizado por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. A versão atual é a 5.10 e a próxima (6.06) vai sair em junho.
Embora pretensioso, não se trata de um objetivo inatingível. Ao que tudo indica, a Canonical está no caminho certo e a nobreza da causa tem atraído muita gente. Entre os que aderiram ao Ubuntu está o administrador de sistemas Eunir dos Santos Carolino, de 27 anos. 'Estava de saco cheio dos travamentos do Windows e dos vírus', lembra.
A primeira distribuição que ele tentou usar foi a Conectiva 5. Não deu certo. 'Era muito instável.' Carolino tentou ainda várias outras opções até descobrir o Ubuntu. 'Estou com ele até hoje.' Tudo o que ele conectou ao PC funcionou com essa versão do Linux, sem dor de cabeça. 'Até uma webcam velha.' Quer seguir os mesmos passos? Então veja nesta edição como instalar o sistema, quais os programas incluídos e como acrescentar novos softwares.

Instalação do CD não exige conhecimento aprofundado
Mesmo não sendo um especialista em computadores, o administrador de empresas Cláudio Hernandes, de 31 anos, conseguiu instalar o Ubuntu sozinho no seu PC na semana passada. 'Considerando zero para fácil e 10 para difícil, eu diria que é 6,5', acredita. Segundo ele, a parte mais complicada foi o particionamento do disco rígido (leia texto ao lado), mas foi só pesquisar algumas dicas na internet e ficar atento que tudo acabou dando certo.
Hernandes, que mora em Curitiba e teve Windows a vida toda, se vê como um usuário médio. A decisão de instalar um sistema operacional alternativo surgiu quando uma pane no seu disco rígido por pouco não destruiu dois anos de mestrado. 'Estou no final da minha dissertação', conta. Ele lembrou-se que algumas versões do Linux rodavam a partir do CD. Pediu uma indicação a um amigo e conheceu o Ubuntu. 'Coloquei no PC e, depois de alguns cliques, já estava na internet. Fiquei impressionado. Consegui recuperar meus dados.' Só dias mais tarde ele fez a instalação no HD.
Uma boa dica para quem quer experimentar o software livre é primeiro usar o chamado Live CD, como fez Hernandes.
Basta colocar o disco no micro e ligá-lo que ele roda o sistema automaticamente. Com isso, você pode ter uma idéia geral do funcionamento do Linux e verificar como todos os seus dispositivos portáteis - pen drive, câmera digital, webcam, tocador de MP3 - se comportam. Se tudo estiver a contento, é hora de colocá-lo no disco rígido. Você precisa ter pelo menos um PC com processador Pentium III e 256 megabytes de memória RAM.
Tanto o Live CD como o disco de instalação podem ser obtidos de duas formas: pela web ou pelo correio. No primeiro caso, basta entrar no site oficial do Ubuntu (www.ubuntu.com), clicar em 'Download Now' e selecionar o arquivo - que vem com a extensão ISO e tem 600 megabytes - de acordo com as características do seu computador.
Depois de baixá-lo, use um programa como o Nero ou o gratuito CDBurner XP Pro (www.cdburnerxp.se) e selecione a opção 'Gravar Imagem (ou ISO)' para transformá-lo num disco. A outra opção é entrar no site ShipIt (http://shipit.ubuntu.com), cadastrar-se e pedir pelo correio. É grátis, e leva de quatro a seis semanas para chegar.
Com o CD em mãos, ligue o computador e coloque-o na bandeja. O processo todo leva cerca de uma hora. Na maioria dos casos, o programa de instalação começará a rodar automaticamente. Se isso não ocorrer, você terá de configurar o BIOS (veja na reportagem ao lado). Instantes depois, surgirá uma tela, em inglês, que perguntará qual tipo de instalação você quer 'default' (padrão) ou 'server' (servidor). O usuário comum deve optar pela primeira alternativa e pressionar a tecla 'Enter'.
No passo seguinte você terá de selecionar o idioma do sistema, o que também não tem mistério. Basta rolar a lista e escolher 'Português do Brasil' para que os textos da instalação e o próprio Ubuntu sejam traduzidos. Logo depois, o software detectará automaticamente o tipo de teclado do seu PC. A maioria dos micros no Brasil usa o padrão ABNT-2. Basta confirmar ou escolher o modelo correto a partir de uma lista.
Mais alguns instantes e você será convidado a dar um nome para a sua máquina. Isso só é importante se ela estiver conectada a uma rede corporativa. Se você for um usuário doméstico, pode escolher qualquer palavra.
A etapa seguinte é a do particionamento, de longe a mais complicada (leia as dicas ao lado). Se você quiser manter o Windows e o Ubuntu ao mesmo tempo, vá com calma, porque um erro pode destruir todos os seus dados.
Se deseja exterminar o sistema da Microsoft e tudo o que está no HD, a coisa fica mais simples. Nesse caso, mande apagar todo o disco, confirme a operação e prossiga.
Você terá depois a tarefa bem menos árdua de configurar o relógio e o fuso horário.
Em seguida, o programa pedirá para que digite o seu nome e escolha um login e uma senha. Guarde bem os dois últimos, porque serão solicitados sempre que abrir o Ubuntu. A senha também será pedida quando você for alterar configurações ou instalar programas.
Espere o micro reiniciar, tome um café e faça login.
Bem-vindo ao mundo do software livre.

Tome cuidado no particionamento
             
    BRUNO SAYEG GARATTONI
Para instalar o Linux corretamente, é necessário reparticionar o disco rígido. Mas o que é isso? E como fazer? Uma partição é uma área de dados no disco rígido. Se você clicar duas vezes no ícone Meu computador, verá que o seu disco rígido é representado por uma letra - C, por exemplo. Essa letra é uma partição.
A grande maioria dos PCs tem apenas uma partição, que é ocupada pelo Windows. Portanto, para instalar o Linux sem apagar o Windows, é necessário reduzir essa partição.
O Ubuntu, durante a instalação, já exibe uma opção para redimensionar (reduzir) a partição do Windows. O processo é seguro, mas esteja atento a um detalhe: para que a partição do Windows seja reduzida, o disco rígido precisa ter espaço livre.
Por exemplo: se a sua partição Windows tem 30 gigabytes, mas está com 27 giga de arquivos, você só conseguirá reduzila para 27 giga. Para ver quanto espaço você tem, basta dar um clique-direito no ícone do disco e selecionar Propriedades.
Ainda no Windows, acione o Desfragmentador de arquivos (é só clicar em Iniciar, Programas, Acessórios e Ferramentas do sistema). É importante desfragmentar o disco rígido porque isso torna o particionamento mais rápido e seguro.
Por falar em segurança, fique ligado ao seguinte: existe um risco pequeno, mas real, de que o reparticionamento dê errado e apague todos os arquivos gravados no disco. Por isso, é altamente recomendável fazer um backup dos seus documentos, em CD ou DVD, antes de tentar instalar o Linux.
Quando você estiver instalando o Ubuntu, ele mostrará um item chamado 'Novo tamanho de partição'. O número indica o tamanho que a partição do Windows terá. Tipicamente, o Ubuntu reclama espaço demais para si próprio. Portanto, você pode aumentar o espaço reservado para o Windows sem maiores problemas (5 giga dão e sobram para instalar o Linux).
As partições do Windows e do Linux usam sistemas de arquivo diferentes, ou seja, não são totalmente compatíveis entre si. Por isso, para usuários mais avançados, que têm um disco rígido maior e pretendem alternar o uso do Linux e do Windows, uma solução interessante é criar uma partição de documentos, ou seja, uma área no disco apenas para os seus arquivos. Se ela usar o sistema de arquivos FAT32, tanto o Linux quanto o Windows conseguirão ler e gravar arquivos nela.
Para fazer isso, baixe o GParted LiveCD (http://gparted.sourceforge.net/livecd.php) e grave-o num CD - usando a opção Imagem ou ISO do seu software de gravação. Insira o CD e reinicie o computador.
Você deverá configurá-lo para que faça boot (inicialização) via CD. Para fazer isso, é necessário entrar no BIOS - basta apertar Del, Esc, F2 ou F12 quando o micro estiver sendo ligado (a tecla exata varia conforme a marca do PC) e, nos menus exibidos, selecionar CD-ROM como a primeira opção de boot. Aí, é só reiniciar de novo o micro e o Qparted será carregado automaticamente.

Ubuntu prepara-se para o ataque
Ao usar o sistema, sensação é de que a Microsoft poderá ganhar um rival gratuito à altura dentro de alguns anos
         
Muitos leitores vão pensar que eu fiquei maluco. Mas ao experimentar o Ubuntu durante pouco mais de dois meses, tive a sensação de que Bill Gates não tem de se preocupar apenas com as peripécias do Google. Embora o sistema operacional de código aberto ainda tenha muito o que avançar, ele está cada vez mais próximo de oferecer a principal vantagem do Windows: facilidade no uso e compatibilidade com outros equipamentos eletrônicos.
Comecei a perceber a semelhança ao usar pela primeira vez o programa de instalação.
Claro que particionar o disco rígido é tarefa bem espinhosa e necessária para quem quer manter o Windows - decisão que tomei ao mexer na minha máquina. Mas imagine um cenário em que as pessoas prefiram escolher entre os dois sistemas.
Quem quiser apagar todo o disco rígido hoje não terá a menor dificuldade para percorrer todo o processo com o Ubuntu. Assim como no Windows XP, o software de instalação detecta as características principais do micro automaticamente.
Minha outra surpresa veio no primeiro contato com o Gnome, a interface gráfica que deixa o Ubuntu totalmente amigável e também é usada em outras distribuições do Linux. Os menus são intuitivos e estão distribuídos em três grupos, no alto da tela: 'Aplicações', correspondente a 'Programas' do Windows; 'Locais', que é uma espécie de 'Meu Computador'; e 'Sistema', equivalente ao 'Painel de Controle'. A diferença é que no Ubuntu é muito mais fácil achar um aplicativo.
Duvida? Pois acredite. Quando você abre 'Aplicações', os softwares instalados na sua máquina estão divididos em categorias, como 'Acessórios', 'Escritório', 'Gráficos', 'Internet' e 'Áudio e Vídeo'. E basta abrir um deles para encontrar o programa - sem aquela confusão comum do Windows de ter de lembrar o nome do fabricante, entrar no menu correspondente, clicar, abrir mais um menu e assim por diante. Procure o 'Desfragmentador de disco' no sistema da Microsoft para entender o que estou falando.
Outra vantagem do Ubuntu está no pacote de softwares que vem com a instalação, muito mais completo. Ali encontrei tudo o que é preciso para fazer as tarefas mais comuns em um computador. Para navegar na internet, há o Firefox. Mandar e-mails e gerenciar compromissos é com o Evolution - parecido com o Outlook. Escrever textos, criar apresentações e trabalhar com planilhas vira tarefa do OpenOffice. Tem até um mensageiro instantâneo que entra na rede do MSN, o Gaim, e um editor de imagens, o Gimp.
Pude experimentar todos eles, e as interfaces são bastante amigáveis. O Evolution, por exemplo, fez a sincronia com um computador de mão automaticamente, sem que eu precisasse instalar um programa adicional. Fora que esses aplicativos trabalham com formatos de arquivo compatíveis aos usados no Windows.
Comecei, então, a arriscar mais. Foi quando resolvi instalar programas adicionais que comecei a descobrir algumas das falhas do Ubuntu. Existe um instalador automático bastante simples (leia texto abaixo), mas nem tudo pode ser encontrado ali. O Firefox 1.5.0.1 não está disponível e você não pode apenas baixar a versão mais nova, clicar sobre o arquivo e esperar até a instalação terminar.
Só vai conseguir fazer isso digitando comandos complicados. Às vezes, você também pode instalar um programa e não dar certo. Coloquei o software de edição de áudio Audacity, mas, ao rodá-lo, deu erro. Não houve jeito de corrigi-lo ou de descobrir a origem do problema. O Ubuntu também não vem pronto para tocar DVDs e MP3. E equipamentos mais modernos, como o iPod, só funcionaram depois de muita pesquisa na web.
Essa, aliás, é uma boa maneira de contornar situações difíceis. Dezenas de fóruns estão à disposição dos usuários, que podem consultar pessoas mais experientes. Quase sempre encontrei uma solução, ainda que complicada. A nova versão do Ubuntu, que promete corrigir parte desses percalços, vai sair em junho. Outra estará disponível seis meses depois. Já o Windows Vista só chega às lojas em 2007 e não se tem notícia de quando aparecerá o próximo.
Não disse que o Bill Gates tinha motivos para se preocupar?

Programa ajuda na hora de adicionar aplicativos
Você instalou o Ubuntu, usou por um tempo e, de repente, sentiu necessidade de instalar um programa de edição de áudio, por exemplo. Entrar na internet, baixar o software que você escolheu e fazê-lo funcionar ainda é uma tarefa muito complicada. A boa notícia é que existe um outro jeito, bem menos difícil. O sistema operacional já vem com um instalador automático de aplicativos que qualquer iniciante consegue usar.
Para encontrá-lo, clique em 'Aplicações' e depois em 'Adicionar Aplicações'. Uma janela vai aparecer, pedindo a sua senha - a mesma que você usa durante o login. Basta digitá-la e pressionar 'Enter'. Surgirá uma lista de programas dividida em categorias, bem semelhante à do menu 'Aplicações'.
Você pode escolher uma delas - 'Áudio e Vídeo', por exemplo - e dar uma olhada no que está disponível. Outra maneira é digitar o nome de um software específico no campo de buscas e ver o que acontece.
Assim que encontrar o aplicativo que procura, clique na caixinha ao lado do nome dele e pressione 'Aplicar', no canto inferior direito. Confirme a operação em seguida e deixe o Ubuntu cuidar do resto sozinho. O sistema vai entrar na internet e baixar tudo o que for necessário à instalação. Terminado o processo, uma janela avisa em que menu o programa foi colocado. Para rodá-lo, siga o caminho indicado.
A única desvantagem é que nem todos os aplicativos disponíveis para Ubuntu vão aparecer na lista do instalador automático. Falta, por exemplo, o programa de telefonia via internet Skype. Quem não quiser esquadrinhar a web atrás de um jeito de adicioná-lo pode resolver o dilema com o Automatix.
Trata-se de um 'pacotaço' de softwares, decodificadores de áudio e vídeo e modificações do sistema operacional.
Se quiser dar uma olhada na lista completa, entre no site http://ubuntuforums.org/showthread.php?t=138405.
Além do Skype ali estão também as versões mais atualizadas do Firefox e do OpenOffice e ferramentas para codificar arquivos em MP3 e assistir a DVDs. Executar essa última tarefa no Linux, no entanto, é ilegal - alguns decodificadores não são softwares livres e teriam de ser comprados, mas você poderá optar por não instalá-los.
Para baixar o Automatix, abra o menu 'Aplicações', vá para 'Acessórios' e clique em 'Terminal'. Na tela seguinte, escreva o comando 'wget http://beerorkid.com/automatix/automatix_5.7-3_i386.deb'. Espere o download acabar e digite 'sudo dpkg -i automatix_5.7-3_i386.deb'. Agora, entre em 'Aplicações', acesse 'Ferramentas de Sistema' e clique em 'Automatix'. É só escolha o que quer e esperar até que o programa baixe tudo.
Pronto. Você acaba de turbinar o seu Ubuntu.

Com paciência, usuário consegue plugar até iPod
Um dos principais calcanharesde-aquiles das distribuições Linux é a compatibilidade com o hardware da sua máquina - placas de som e vídeo, modem e gravador de CD, por exemplo - ou com periféricos como webcams, pen drives, câmeras fotográficas digitais e tocadores de MP3. Em alguns casos, o usuário pode passar dias tentando configurar seus equipamentos e nem sempre consegue. Os desenvolvedores do Ubuntu tiveram a preocupação de contornar esse problema.
Até certo ponto, eles conseguiram. As características do micro são detectadas corretamente durante o processo de instalação do sistema operacional. E, com um pouco de paciência e algumas horas de busca na internet, é possível fazer a maioria dos equipamentos funcionar no Ubuntu. O sistema vem preparado para reconhecer dispositivos assim que são plugados na porta USB do micro. Para desconectá-los, clique sobre o ícone com o botão direito do mouse e selecione 'Desmontar volume'.
Com o iPod, isso acontece também, mas não dá para colocar músicas no aparelho. A limitação pode ser contornada se você baixar um programa chamado Gtkpod, uma espécie de iTunes genérico. Na hora de desconectar o equipamento, contudo, o Ubuntu dá uma mensagem de erro, dizendo que não conseguiu 'desmontar o volume'. Ainda assim, foi possível remover o cabo sem causar danos ao equipamento. Já o tocador de MP3 Samsung YP-T7J, lançado recentemente, não teve a mesma sorte: o sistema não o reconheceu. Por isso, tenha em mente que periféricos de último tipo ainda são um problema mesmo no Ubuntu.
Por falar em conexões, configurar a internet é bem fácil. Vá em 'Sistema', depois em 'Administração' e clique em 'Rede'. Digite a sua senha de usuário e, depois, selecione 'ethernet' se for assinante de um serviço de banda larga ou 'modem' se tiver conexão discada. Em seguida, clique em 'Propriedades' e preencha os campos em branco.
Por fim, pressione 'Ativar'. Caso isso não dê certo, peça uma ajuda para o suporte técnico do seu provedor.

link principal: http://www.link.estadao.com.br/index.cfm?id_conteudo=7022

Infográfico em PDF de como Instalar o Ubuntu:
http://img01.link.estadao.com.br/multimidia/infografico/InstalarLinux.pdf

boa leitura

Offline RC2006

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Ubuntu no jornal O Estado de SP
« Resposta #1 Online: 10 de Abril de 2006, 09:12 »
Estou lendo a noticia pelo jornal (link), realmente o espaço dedicado ao Ubuntu foi muito grande, 3 páginas.
Gostei especialmente de alguns ítens destacados como esses:
-O Ubuntu é considerado o linux mais amigável. Instalar o SO não é muito mais complicado do que colocar o windows no seu PC
-Ao usar o sistema, sensação é que a Microsoft  poderá ganhar um rival gratuito a altura.
-Muitos leitores vão pensar que fiquei maluco. Mas ao experimentar o Ubuntu durante pouco mais de 2 meses, tive a sensação de que Bill Gates não tem que se preocupar apenas com as peripécias do Google.
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Offline sagramor

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Ubuntu no jornal O Estado de SP
« Resposta #2 Online: 10 de Abril de 2006, 09:47 »
Excelente reportagem do Estadão.

Simpática nos pontos positivos e crítica, porém não desdenhosa, nos pontos fracos.

Isso é difícil na imprensa brasileira, onde os jornalistas mais parecem pau-mandados da Microsoft. Mas eu acho que a força do Linux acabará se impondo, mais cedo ou mais tarde, a despeito do que o dinheiro do Bill Gates consiga comprar.

Por outro lado, Kublin, será que a gente pode reproduzir reportagens inteiras aqui no forum? Isso não é ilegal? Não poderia trazer problemas futuros? Afinal, o Estadão não é nenhum fanzine underground nem nada, ele faz parte do assim chamado Sistemão. O correto não seria só dar o link?

Para sua reflexão...
burrium gwent corinium lindinis dumnonia ynystrebes

Offline Xterminator

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« Resposta #3 Online: 10 de Abril de 2006, 10:00 »
Citação de: "Nick"
O cara  na foto sou eu!!! LOL


Cara o pior e que quando eu ví o nome no Jornal eu falei já vi este nome em algum lugar
olha aí tá ficando famoso huiehahahaa.

Offline KubLin

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« Resposta #4 Online: 10 de Abril de 2006, 10:01 »
sagramor

penso que ilegal não seja tendo em vista que cito a fonte e o autor

mas o melhor é não procurar sarna pra se coçar....rs

falou

Offline Perícope

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« Resposta #5 Online: 10 de Abril de 2006, 10:39 »
Citação de: "KubLin"
sagramor

penso que ilegal não seja tendo em vista que cito a fonte e o autor


Não é ilegal, não. Seria ilegal publicar a matéria sem dar os devidos créditos ou assinar com o nome de outra pessoa, mudando-lhe a autoria.

É isso.  :wink:
Usuário Linux n. 414104 - Usuário Ubuntu n. 3048
| Não tenha pressa: pesquise no fórum primeiro! |

Offline enceladus

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« Resposta #6 Online: 10 de Abril de 2006, 10:42 »
Citação de: "Nick"
O cara  na foto sou eu!!! LOL


Sério?
Agora você é uma celebridade!!!!!!!!!!!!!!!
Como é que os caras te acharam?
Por que não aproveitou e falou de nosso forum?
Nevermore! Nevermore! - Poe

Offline KubLin

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« Resposta #7 Online: 10 de Abril de 2006, 13:53 »
voltei a postar a íntegra da matéria tendo em vista os links citados não estarem entrando

pra quem por acaso queira baixar a imagem citada e queimar uma mídia

no assunto Tome cuidado no particionamento o QtParted é citado como Qparted (um equívoco na escrita seguido da confusão de projetos)

corrigi aqui no tópico, lá continua errado

somente o Gparted possui LiveCD

o certo pra baixar a iso do Gparted é: http://gparted.sourceforge.net/livecd.php

inté

Nick

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« Resposta #8 Online: 10 de Abril de 2006, 14:46 »
Citação de: "enceladus"
Sério?
Agora você é uma celebridade!!!!!!!!!!!!!!!
Como é que os caras te acharam?
Por que não aproveitou e falou de nosso forum?


Man, eu sou um cara da "comunidade", to em tudo o que é lugar relacionado em Software Livre/GNU Linux.
Só nao disse nada pra vcs pq, vai que nao sai nada de materia? Ai eu coloco lá "Estado de São Paulo Promove Linux Ubuntu"... Dai o cara nao poe a materia no ar?  Fica feio pra mim...
Valew!