Putz... vai gostar de escrever assim lá longe... hehehe...
Cristiano,
Estamos tomando café com Ubuntu, né? Então me permita desenvolver o raciocínio (também trouxe o problema pontual como exemplo e não pretendo me estender nele).
Uma das coisas que estou aprendendo é justamente que uma virtude das distribuições baseadas no Gnome é o alto grau de personalização possível. Se você concorda, vou tomar esse fato como premissa para o meu ponto de vista.
Aceito que muitos trocam de sistema operacional porque estão insatisfeitos com o anterior. Eu próprio sou um exemplo. Mas a minha insatisfação definitivamente não era com o ambiente, mas sim com estabilidade e segurança. Se eu fosse considerar única e exclusivamente o front end, não teria migrado. Aliás, esse é exatamente o ponto que faz com que a grande maioria dos meus "arregimentados" resistam em migrar: o front end do Windows É mais "bonitinho" (até porque é mais difundido, mais comum, mas não necessariamente mais intuitivo).
Isso é bem o ponto fundamental que a discussão não vai pra frente... Não vai nesse tópico, nem em um milhão de tópicos que tiveram antes... Para mim o windows é muito mais feio que o Ubuntu.
O fato de ser mais difundido diz que é mais conhecido, e não que é mais bonito.
O
vinicius_aleao disse que sempre pensou gnome, bem... não posso dizer que sou igual a ele, até porque sempre usei mais Unix/Linux muito mais que windows, ou seja, estou com uma minoria que começou no Unix, enquanto quase todos conheceram windows e só depois foram testar Linux.
Meu menu do windows também sempre foi muito diferente, e eu também sempre criei grandes pastas no menu (Escritório, Internet, Multimídia e Diversos), agrupando tudo e dando mais organização ao caos. Sem contar que é engraçado você ter que clicar em "Iniciar" para poder finalizar ("Desligar" no caso).
Mas não quero que o Linux seja uma cópia. Falei em manter similaridades, da mesma forma como comparo MS Office com Open Office. Não são cópias, são similaridades.
Você pode usar o KDE então, ele já é similar, e se não gostar com poucos cliques você deixa o gnome assim também, além do que com o google você encontra muitos tutoriais explicando como deixar idêntico.
Ou o mais legal do Linux: Possibilidade de escolha, seja ambiente gráfico, kernel, pacote office, e até mesmo distro. E existem muitas distros, cada uma com suas peculiaridades, e assim cada um usa aquela que se adapta ao seu gosto. Eu brinquei com muitas distros, até chegar ao Ubuntu e fixar ancora e admito que virei um preguiçoso, sendo que desde então uso (esporadicamente) Debian e Arch (e já brinquei com Fedora e outras poucas e por muito pouco tempo).
A falta de experiência no Linux poderá me isentar, se eu estiver falando besteira, mas não é possível "pré-configurar" ambientes através de pacotes? Acredito que seja, porque tenho visto tópicos do tipo "Ubuntu Perfeito", "Bluebuntu", etc, que são iniciativas super-bacanas que uma galera tem de personalizar o ambiente. Por que não preparar uma "customização" dessas para os novos entrantes? Com certeza, usuários menos sujeitos a acidentes como o que eu tive hoje correm menos risco de desistir de se aprofundar em um novo sistema operacional. Ao contrário, um usuário realmente newbie poderia facilmente pensar em voltar pro Windows, porque lá pelo menos ele sabe onde está pisando.
Veja, não estou falando do 0,01% de pessoas que usam o Linux porque sabem o que estão fazendo e o que querem da vida. Estou falando dos zilhões de usuários que não têm "consciência digital", pagam pelo Windows OEM sem saber e são alfabetizados na frente de um computador rodando as janelas do Bill. Custa a gente deixar as coisa mais fáceis para essas pessoas?
Para ser franco não sou desses fãs que deseja que o Linux domine o mercado e o windows suma, ou que fique apenas com uma pequena fatia de mercado.
E ainda mesmo para estes "zilhões de usuários que não tem 'consciência digital'" (como você mesmo disse) acho que a adaptação é necessária, são eles que estão chegando, então são eles que devem se adaptar, e não quem já usa.
E ainda falo mais, sinceramente não acho que o usuário que vá usar internet, editor de texto, planilha (o básico) precise de treinamento para se adaptar, acho que uma boa conversa já ajuda. Basta falar que agora ele tem um menu, que o Office esta em
Aplicações > Escritório, que a calculadora em
Aplicações > Acessórios e que o Firefox/pidgin estão em
Aplicações > Internet.
Claro que existem diferenças que requerem mesmo adaptação, leitura, e tempo (como disquete, montar/desmontar volumes, ...) mas nada que as pessoas não consigam. Trabalho no setor de informática de uma empresa, e mesmo sendo pequena temos lá todo tipo de usuário (do mais avançado até o cru total), e acho que se dermos um sistema bem configurado para o cru ele vai trabalhar dá mesma forma que trabalhava no windows (após aquele período de medo), e o usuário avançado rapidinho tá fazendo muito mais.
E quem já usa há tempos, já sabe dos potenciais que seu sistema possui, frequenta forums, baba em cima de screenshots super-hiper-fodásticas e customizam seu ambiente de qualquer forma... Desculpe, mas esses não correm qualquer risco de terem suas crenças e seus lindos desktops invadidos pela maldição da janelinha voadora.
Sei não, eu não usaria mais o Ubuntu se ele passasse por default a ter um ambiente mais windows.
Agora, quanto a acidentes como o meu, sejam compreensivos e entendam que o termo "manutenção do sistema" jamais deveria ser utilizado para apagar pacotes não originais que estejam em uso. Não pontualizemos, mas admitamos que semântica É importante. Se de repente eu criar uma nova distribuição e começar a chamar "pastas" de "armários", isso no mínimo vai causar confusão. A padronização seria bastante saudável, nesses casos.
Realmente esse item que trouxe problemas a você poderia ser revisto, e já trouxe problemas a outros usuários, e o
rjbgbo já até avisou (como ele mesmo disse).
Agora padronização é outro tema duro de discutir. Como existem muitos ambientes, distros e etc, e cada uma encaixa-se melhor para "uma tribo" diferente é complicado querer obrigar todos a usarem sempre o mesmo termo.
Eu gosto da diversidade e da liberdade, acho que elas são importantes e acho até que podemos padronizar, mas o mínimo possível.
Sei que você tem opiniões fortes e bem formadas a respeito do Linux. Também tenho as minhas e está longe de minhas pretensões que você abandone seus pontos de vista para adotar os meus. Mas essa conversa está boa, e seria realmente interessante se ela pudesse se estender a outros uusuários do forum. Quem sabe se alguém "lá de cima" resolve refletir sobre esse debate?
Abs.
Rapaz eu acho que tenho opinião forte sobre até que produtor de garfo é melhor, então o que falar das minhas opiniões sobre informática, Linux, e etc... E acho que a maioria aqui também tem, assim seu tópico vai ficar gigante, e cada um pensando do seu jeito... tópicos assim já existem aqui, e são mesmo no plural (são muitos).
[]'s
Cristiano