Bom, essa conversa é sempre longa. Mas é legal pensar
além da legalidade, incluindo-a. Concordo com o Lobão: os artistas são, até agora, os mais prejudicados com o sistema "legal". Tenho que encontrar a entrevista em que ele fala o quanto ele lucra com a venda do seu CD, e o quanto Roberto Carlos, que vende muitos milhões de cópias, ganha (se não me falha a memória, Lobão acaba recebendo R$ 1,00, Roberto Carlos, R$ 0,22 por CD). Segue entrevista com o dito, embora não a pretendida:
http://www.terra.com.br/istoegente/130/entrevista/index.htmQuanto a moi, tento não baixar música, até porque não há muita coisa que me chame a atenção. Em geral, tenho os cds, ou empresto, e ripo (será pirataria? se não me engano, no Brasil não. Ainda vigora essa exceção quanto a cópias para uso priovado?). E baixo séries de tv, House MD em especial. E aí fica minha dúvida: não foi material comercializado, foi veiculado na tv, gravado por alguém e eu baixo, não copio do DVD da série - que aliás pretendo comprar, aos poucos. É pirata?
E alguém falou aqui antes: lembremo-nos do xerox, da fita cassete, dos vhs. Há um outro viés pra isso: os DVDs e CDs virgens, on pen-drives que você compra são fabricados pelas mesmas companhias que fabricam os CDs de venda. Em geral, essas companhias têm relações obscuras com as gravadoras - mesmo grupo empresarial,
umbrella companies, etc. Se "combatem" a pirataria por um lado, por outro instigam-na ao prover material para as cópias. Algo me diz (é intuição mesmo) que estamos pagando, não interessa se é "de loja" ou não.
Ainda prefiro, pra pagar, entregar na mão do artista. Vá aos shows.