Buenas... Tem uma questão que acredito ser mais delicada do que o "formato proprietário" em si - já que o JPG, por exemplo, também é proprietário, o doc, o avi...
O formato ser proprietário ou não penso que seja menos relevante - até porque ainda será possível convertê-lo para um formato livre, aleluia! - mas a fonte de tal arquivo é que seria razão da discussão maior: esses arquivos são "cópias de backup" ou foram simplesmente baixados a esmo da internet?
Sinceramente, a questão de propriedade intelectual é um daqueles tópicos que requerem muita reflexão - sempre será citado o velho exemplo da fita K7, que circulava livremente entre os amigos, depois que aquele mais abonado comprou o último do Metallica e gravou uma cópia pra gurizada. Isso, guardadas as proporções, era a mesma coisa que fazemos hoje em dia - mas naquela época, o Lars não processou a Gradiente ou a Sony porque fabricavam os decks... Tem aquele lance do Radiohead que lançou um álbum inteiro pela internet em MP3 - e gratuitamente. Se os fãs curtissem, pagariam o que achassem justo. Mas, e se eles pagaram, estariam também encaminhando os devidos royalts ao formato em que estavam os arquivos?
De mais a mais, não acho que baixar arquivos de música, filme e o qualquer outra coisa seja uma "lei de Gérson 2.0", mas sim um fato de uma realidade já há muito batida: as mídias e maneiras de transmissão de dados evoluem. Seria interessante se as gravadoras e produtoras de filmes começassem a focar-se nesse novo conceito de como vemos e ouvimos as coisas e, a partir daí, remodelar a maneira de vender - ou lucrar - com tais produtos. E não ficar choramingando pelos cantos e processando suecos a torto e a direito...
Acho que viver de arte sendo músico, ator, escritor, pintor, fotografo e por aí a fora, é o que há de mais nobre em se tratando de profissão. Sinceramente, minha opinião é que são as artes e somente elas que realmente geram conteúdo e bagagem cultural. O resto de nós, somos apenas expectadores embasbacados e felizes por absorver tudo aquilo - e talvez, sejamos também eternos artistas frustrados.
Abraço!!