All,
Durante o curto tempo em que estou no Ubuntu (desde o lançamento do Jaunty) me incomodava com a interface do Gnome. Muito funcional e eficaz, extremamente robusta, mas ao mesmo tempo "dura". Sempre acompanhei as discussões de screenshots e me admirava com as personalizações apresentadas, mas nunca "cheguei lá" em termos de beleza x funcionalidade.
Quero deixar claro que essa impressão é fundamentada principalmente sobre as minhas limitações (de conhecimento mas principalmente de tempo) para personalizar meu ambiente de trabalho e sobre a minha convicção de que out-of-the-box é sinônimo de "conjunto bem pensado e testado". Ou seja, antes que os flamers se pronunciem, é uma opinião absolutamente pessoal.
Pois bem, com esse pensamento, cheguei a fazer algumas incursões rápidas e temporárias pelo kubuntu-desktop e gostei muito do que vi. Porém, a situação estava inversa, pois eu tinha muito visual num ambiente bastante instável. E pensava no absurdo que era ter uma equipe tão preocupada com a estética e tão "desleixada" (atenção às aspas, flamers) com a estabilidade.
Entretanto, recentemente com o lançamento do Lucid Beta 1, me inclinei a baixar o Kubuntu. Descobri através de alguma pesquisa que a instabilidade do KDE 4.3 havia sido resolvida no KDE 4.4 e parti para a minha mais recente aventura: a migração do Gnome para o KDE.
Estou utilizando o Kubuntu praticamente out-of-the-box. O visual é elaborado, sofisticado. A utilização dos recursos de placa de vídeo é inteligente. O tema é agradável e pensado para quem fica horas em atividades que exigem concentração, além de ser um ambiente bastante intuitivo.
O Kicker é muito fácil de usar. A prova de que é muito inteligente? Às vezes você pensa que é praticamente uma cópia do menu Iniciar do Windows, às vezes você se admira com a organização que encontra no Gnome. Ou seja, juntou o melhor dos dois mundos.
O Kontact é uma suíte maravilhosa! Há muitos recursos, vários dos quais ainda tenho que me esforçar para dominar, mas a comunidade investe bastante em sua evolução. Os aplicativos stand-alone receberam recursos de integração excelentes.
O Konqueror, por sua vez, é um navegador muito limitado. Talvez por tentar ser ao mesmo tempo navegador e gerenciador de arquivos. Essa coisa de multifuncional, na minha opinião, não funciona muito bem: o pato anda, nada e voa, mas não faz nenhuma das três coisas direito. Para algumas necessidades específicas, baixei o Firefox, mas continuo com o Konqueror como padrão.
O Amarok é um excelente player, com um sistema de ranking inteligente que avalia inclusive quanto tempo você aguentou ouvir aquela música que até hoje não sabe porque ainda não tirou de seu playlist. As traduções são localizadas e apresentadas instantaneamente, o shuffle segue de fato o ranking e a administração do playlist é simples e rápida.
Mas a minha mais nova paixão é o Nepomuk. O conceito de Desktop Dinâmico é poderoso e ambicioso e o Projeto Nepomuk pretende transformar o KDE em uma plataforma semântica que promete trazer inteligência e coerência nas pesquisas. Esta é a tendência que eu quero acompanhar de dentro. Se é para ter 4 Gb de RAM, que sejam para rodar uma ferramenta assim, não o Internet Explorer, concordam?
Abs.
Cassiano
Tópico: Cheguei ao Kubuntu... e estou gostando! (Lida 4839 vezes)