Bom, com o objetivo de ficar bem claro o que é software livre e o que não é, crio esse tópico, e tomo a liberdade de aqui postar um trecho do colega Kleber-rr do Viva o Linux, em que essa questão é tratada:
Fundado por Richard Stallman, cientista do MIT, em 1984, o projeto GNU buscava, em poucas palavras, fornecer um Software Livre de qualidade. De acordo com Stallman (2001), no Manifesto GNU:
“ [...] GNU, que significa Gnu Não é Unix, é o nome para um sistema de software completo e compatível com o Unix, que eu estou escrevendo para que possa fornecê-lo gratuitamente para todos os que possam utilizá-lo. ”
O próprio Stallman (2001) menciona em nota de rodapé que, foi descuidado ao escolher as palavras, ao se referir sobre a gratuidade do software neste manifesto:
“ A escolha de palavras aqui foi descuidada. A intenção era de que ninguém teria que pagar pela 'permissão' para usar o sistema GNU. Mas as palavras não deixam isso claro, e as pessoas frequentemente interpretam que elas significam que as cópias do GNU têm sempre que serem distribuídas gratuitamente, ou por um valor simbólico. Esta nunca foi a intenção. ”
Ainda, segundo Stallman (2001), o sistema GNU não é necessariamente livre, podendo, em alguma variação de versão, ser distribuído, com o objetivo de lucro, como expressa na mesma nota:
“ [...] posteriormente, o manifesto menciona a possibilidade das empresas fornecerem o serviço de distribuição objetivando o lucro. Subsequentemente eu aprendi a distinguir cuidadosamente entre "free" no sentido de liberdade e "free" no sentido de preço. ”
Ele destaca o sentido de que Software Livre se refere à liberdade de como proceder com o software, podendo este ser distribuído gratuitamente ou não:
“ O Software Livre (Free Software) é o software que os usuários têm a liberdade distribuir e modificar” (STALLMAN, 2001). ”
Fonte:
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/A-Evolucao-do-Linux-e-suas-Distribuicoes/?pagina=2Portanto, apesar do Ubuntu ou qualquer outra distribuição ser distribuida gratuitamente, não é proibido que empresas lucrem com software livre. Acreditar que software livre signifique software gratuito só demonstra, np mínimo o desconhecimento total do que seja software livre.
Portanto, apesar do Ubuntu ser distribuído gratuitamente, não há nenhum impedimento a que a Canonical queira também lucrar o mesmo.
As únicas exigências, conforme está postado no link do Artigo acima, para que o Ubuntu ou qualquer outra distribuição linux seja considerada software livre, são tão somente essas quatro liberdades:
A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0);
A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2);
A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
Atenciosamente, Henrique1977.