@All
Eu me iniciei nos Uni* (vários 'sabores' de várias empresas, incluindo aí o FreeBSD) na década de 90 (+/- 1995) e logo após com as primeiras versões das principais distribuições GNU/Linux. Praticamente fui do DOS para o Uni*, logo tinha quase '0' conhecimento em utilizar Window$. Naquela época utilizar GNU/Linux era
hardcore pois o suporte a hardware era bastante prejudicado (configurar o XFree86 - na época ainda não era o Xorg - exigia 1000 'hackices', para instalar uma placa-de-som ISA eu tinha que primeiro instalar a placa-de-rede também ISA para evitar conflito de IRQ, etc). Os ambientes gráficos GNOME/KDE estavam bem nos primórdios e o KDE era extremamente instável e 'feio' (o que não é mais verdade hoje com o KDE4). Naquela época por exemplo tínhamos a SUSE e a RedHat disponibilizando seus releases (hoje a SUSE é da Novel e vende a versão corporativa para empresas e outros particulares, enquanto a versão 'open' suportada pela comunidade é a openSUSE; o mesmo para o Fedora, o braço 'open' suportado pela comunidade da empresa RedHat), Mandrake e Conectiva (hoje Mandriva), dentre outras menores e ... Debian!!
Debian GNU/Linux foi a distribuição que trabalhei mais tempo na minha máquina da faculdade no período que se encerrou em 2001 (não tinha computador em casa naquela época; hoje são cinco máquinas, todas rodando GNU/Linux). Naquela época era 'difícil' mexer com Debian, mas eu gostei e me adaptei bem com a mesma.
Após 2001 me vi obrigado a trabalhar com Window$ e então trabalhei com mesmo nas tarefas de meu novo emprego e aprendi a fazer edições e conversões de áudio e vídeo digital usando - na medida do possível - ferramentas livres para o Window$, até um ponto que os 'paus' e uso de programas para manter a 'sanidade' do Window$ começaram a me irritar e então iniciei um período de 'readaptação' ao GNU/Linux, o qual não foi fácil, pois havia um 'gap' de +/- 5 anos e nesse ínterim muita coisa mudou!
O sistema que instalei após esses anos sem trabalhar com GNU/Linux foi o Ubuntu (não lembro qual versão) em um outro equipamento meu, porém tive pouco contato e então tive que reinstalar o Window$ (minha esposa usava esse computador). Mas à frente eu resolvi que iria 'radicalizar' (depois de mais uma falha grotesca do Window$) e instalar o Ubuntu (6.10) em minha máquina de produção. E assim foi feito. Após apanhar um pouco e então ter feito consultas nos fóruns na net, logrei êxito em recuperar o 'jeito' de trabalhar com GNU/Linux. Após isto, migrei todas as máquinas (incluindo a de minha filha de 11 anos - que na época tinha uns 9 anos e que hoje está bem adaptada ao mesmo, sendo que na escola tem aulas de informática usando equipamentos com o Window$ instalado - ela gosta mais do 'pinguim'
).
O que senti mais dificuldade inicial foi de encontrar programas equivalentes aos que utilizava para trabalhar com áudio e vídeo digital (fazia isso como 'hobby' e até sou moderador de um fórum nacional sobre o assunto), mas novamente com perseverança e com a mentalidade de quebrar o 'paradigma', logrei êxito em fazer as coisas que fazia utilizando ferramentas Window$ com novas ferramentas GNU/Linux.
E concordando com alguns colegas, realmente é mais 'difícil' "mexer" (i.e. manipular o sistema objetivando a reparação do mesmo por exemplo) com Window$ do que com os sistema GNU/Linux, pois no último sabemos as estruturas de diretórios, arquivos de configuração, há ferramentas administrativas e as coisas são mais transparentes.
Meu depoimento.
Danpos.