O Linux? O Kernel? Sim, é difícil pacas! Mas quem usa o Kernel puro?
O S.O. baseado no Kernel Linux, também conhecido como GNU/Linux? Depende da distribuição e do que o usuário quer fazer. Tem coisa que é moleza... Tem coisa que exige mais conhecimento e vivência no modo Linux de ser.
Os programas disponíveis para Linux? Também varia... Alguns foram desenvolvidos pensando na grande massa de usuários leigos, outros são soluções individuais que foram compartilhadas, adotadas e evoluídas em conjunto com uma comunidade de usuários que possuem conceitos diferentes sobre o que é fácil e usável.
Kernel, S.O. e aplicativos livres... O que eles têm em comum? Muita coisa, mas o que mais importa é:
1. Possuem licenças livres, ou seja, que garantem o seu direito de, se você quiser, ter acesso ao código, aprender, adaptar, modificar, compartilhar, comercializar, distribuir, enfim, o programa que está nas suas mãos.
2. Nasceram como iniciativas de programadores e comunidades em busca de soluções para seus problemas e necessidades, mas não precisam ficar parados aí. Se vocẽ, ou sua corporação, precisa que eles façam algo mais (ou algo menos), basta realizar as alterações que quiser.
3. Foram feitos tendo em mente a participação da comunidade de usuários e desenvolvedores. Suporte, documentação, "bug fixes", empacotamento, etc... Tudo isso geralmente depende da colaboração da comunidade que, sem dúvida nenhuma, pode até cobrar pelos seus serviços (exemplo: Canonical, Red Hat, Sun e uma infinidade de outras empresas que faturam com algum tipo de serviço prestado sobre software livre).
A questão da facilidade, então, é pouco ou quase nada relevante. Quando se quer oferecer algo "fácil" em Linux, alguém se senta, pensa, pesquisa e modifica o que for necessário e possível para atender os requisitos de facilidade de um escopo de usuários. O Ubuntu é um exemplo disso, o OpenOffice também, o Vim também é, os servidores de rede, servidores web, e outros ambientes de produção também... Facilidade por conceito e perfil operacional.
Com as "trocentas" distribuições existentes, cada uma com o seu perfil, a pergunta não tem o menor sentido! O max fala toda hora na tal senha root. Tem distribuição que você entra como root e faz tudo como root o tempo todo. Já o projeto do Ubuntu decidiu que isso não deve ser assim. Todas são "Linux", mas cada uma com sua filosofia.
O mais bacana de tudo isso, porém, é que, se alguém como o max quiser, poderá criar sua própria distribuição Linux ou contratar alguém para isso!
Este é o grande diferencial F/OSS em relação aos modelos proprietários (Windows e outros). Por isso que não se aceita falar em padronizações, a não ser como requisitos finais de sistemas (por exemplo, os protocolos da web ou as exigências operacionais internas de uma empresa). Não há como você adaptar o Windows (ou qualquer outro software proprietário) ao que você precisa. É você que tem de se adaptar a ele! Eventualmente, um software proprietário pode cair como uma luva para você, mas isso não é regra.
Há também o diferencial moral da coisa. Muita gante fala em "liberdade de opção", mas eu não acredito nisso. Escolher entre software proprietário e livre é, acima de tudo, uma imposição da consciência. A consciência é ditadora nesses casos. Eu tenho, sim, milhares de restrições morais à Microsoft e seu modelo monopolista (não assumido) de negócios. Eu não acredito que escolher um produto da Microsoft seja algo que só afete a mim do mesmo modo que _não_ acredito que entrar num metrô lotado estando gripado seja apenas uma questão de escolha _pessoal_!
Cada moleque que compra e usa um Windows (pirata ou não), está alimentando um monstro que afeta negativamente vidas e governos no mundo todo. Para mim, isto sim é relevante e vale o esforço de ter de lidar com algo relativamente difícil ou até fazer o difícil ficar fácil para outras pessoas.
Abraços!