nq6, não sei se vc notou o grau de "engraçadisse" do texto, mas em momento algum eu disse que o Ubuntu era RUIM. No início eu até tentei justificar as possíveis causas de estar escrevendo aquilo, leia se puder ;-)
Não acho bom o que é difícil, mas não gosto de algo extremamente fácil. Porque? O muito fácil deixa você alheio ao que está acontecendo no sistema.
Exemplos: citei que procuro apresentar o sistema à usuários Windows. E uso o Ubuntu para fazer isso, pois sei que se for apresentar o Slackware, por exemplo, acabarei afastando este usuário. Já tentei o Fedora até, que é mais leve, mas seu utilitário de manipulação de pacotes - o yum - é muito instável, além de não haver tantos pacotes em repositórios quanto no Ubuntu - Oh, tô falando bem, vou me matar. Pois bem, Ubuntu.
Sistema super-fácil. Instalação? Facílima.
Mas me deparei com vários problemas, pois fui contactado várias vezes por estes usuários onde instalei o Ubuntu em seus computadores. Problemas? Hum.... Eu chamei de "A cada atualização, um problema". Acontecia assim: à cada atualização, o computador não reiniciava normal. Ou o vídeo não funcionava, ou o mouse não. Ou o compiz perdia a borda, ou tal programa fechava do nada. Não posso criticar, pois sei o quanto é difícil manter um clclo de atualizações funcionando bem. Aí tinha que ir eu lá, na frente da "tela preta", para arrumar o problema, pois a tal facilidade do Ubuntu não permitia que você simplesmente dissesse "Computador, arrume-se" e ele se arrumaria.
Me pergunto: O que fazer quando precisamos instalar o sistema que está atrás de um proxy? Clicar no ícone "instalar o sistema?" Não. A instalação falha quando o sistema tenta atualizar pela internet, na mesma instalação?
O que fazer? Não sei se esta dica já está aqui no fórum de vocês, mas lá vai.
Há três variáveis de ambiente - bash - que permitem que você especifique o proxy. Faça assim:
$ export http_proxy=user@proxy.tal.com:3128 https_proxy=user@proxy.tal.com:3128 ftp_proxy=user@proxy.tal.com:3128
$ ubiquity # ou seria sudo ubiquity?
O que isso faz? Define as variáveis de proxy e inicia o instalador, que não irá mais travar na instalação. Porque fiz isso? Pois já fiquei uma tarde inteira tentando instalar o Ubuntu numa máquina, mas não conseguia. Parti então para a ignorância. Utilizei conhecimentos anteriores, fui nerd, geek, como queiram, e instalei o sistema. Não li isso em tutorial algum. Só fiz, pois sabia que funcionaria.
Mas cadê a simplicidade? Tive que abrir um terminal, digitar uma linha de comando enoooooooorme para instalar o sistema? Ué, é o mesmo que eu faço em qualquer outro programa.
Ou o fato de os linuxers criticarem o Windows Vista - eu também, pois achei bem ruinzinhos -, mas tenho aqui alguns dados que deixarão vocês de boca aberta. É um comparativo entre o Windows Vista de a distro Ubuntu Gusty (7.10) numa mesma máquina. Estes valores foram anotados logo após o boot (Vista business e Gusty para PC x86):
Tempo de boot: Vista: em torno de 50s; Gusty: 59,11s.
Tempo de abertura do firefox: Vista: 1,78s; Gusty: 3,01s
Tempo de abertura do editor de textos: Vista (Word): 5,4s; Gusty (Writer): 9,2s
Tempo de desligamento: Vista: 6,65s; Gusty: 11,68s.
Memória consumida (vista pelos monitores do sistema, em ambos SOs): Vista: 703MB; Gusty: 249MB.
Como podem ver, o tão pesado Windows Vista se saiu mais ágil em vários critérios. Ambos os sistemas estavam com os efeitos visuais ativados, e na mesma máquina, portanto, com a mesma configuração.
Eu sei - e vocês também deveriam saber - que o Boot de um Windows é mais rápido que de uma distro Linux comparável em recursos. Não espere que irá instalar uma distro que terá um boot mais rápido que o Windows XP, que não terá. Mas isso, como vocês podem ver, não reflete no consumo de memória, que no Windows Vista é muito maior.
"Mas você está falando mal do Ubuntu falando bem do Windows? Vê se pode...". Não, mas vejam que a tal perfeição do "sistema operacional ubuntu" não é assim tão perfeita, e ele passa pelos mesmos problemas que as outras distros.
Critico o lema "Linux para seres humanos", um linux jamais visto antes. "O linux descomplicado". No Brasil a maioria dos novos usuários utilizam Internet Discada, e estão portanto impossibilitadas de usar o Ubuntu. Aliás, impossibilitadas não, que sei que no GNU/Linux é sempre possível fazer algo, dependendo da sua vontade.
No slackware, há três anos atrás, eu simplesmente baixava UM arquivo no Windows, copiava para o Linux e digitava três comandinhos. Pronto, internet funcionando direitinho. "Oh, mas cadê a dificuldade?". Aliás, escolhi o slackware por causa disso também: eu usava internet discada. Hoje isso não faz muita diferença, com ADSL e tudo, pois uso ele por gostar mesmo.
O Ubuntu tem o instalador mais pesado que existe. Sou da época em que conseguia dar boot com o kurumin com KDE numa máquina com 128MB de RAM e o sistema era instalado em 10min. . Agora, o Ubuntu (Gusty) não instala numa máquina com menos de 512 de RAM! Uma vez postei na lista de discussão da minha turma da facul como deixar a instalação mais leve, terminando vários processos, deixando somente o Ubiquity com o X rodando. Com isso, instalei o Feisty pelo liveCD numa máquina com menos de 256MB de RAM (256-vídeo-compartilhado). Mas me criticaram, me dizendo que isso deixaria a instalação mais difícil, e que havia a versão alternate. Mas carago, eu teria que baixar novamente 700MB, ou pedir para o correio, que demoraria mais dois meses? Que custava colocar na iniciaização uam opção que iniciasse somente o instalador na memória? E me criticaram quando disse isso também.
Por isso amigos, eu falei muita derma sim, mas deixei bem claro no meu blog que tudo que é escrito ali é unicamente minha opinião - veja o link "Aviso aos navegantes", na página principal do blog. Por isso me reservo o direito de falar derma.
E muito obrigado, senhores Freuds, por me utilizarem em suas experiências de entendimento da psique humana. Mas a dica eu dou para entender algo tão complexo é: olhem para o espelho. Sim, tente entender a si mesmo, pois quase todas tentativas de "entendimento do ser humano" vem da necessidade que as pessoas têm em ser superior à qualquer outro ser humano. Acreditem: já passei por essa fase.